Gravlax é uma prato de origem nórdica (penso que mais especificamente da Noruega, mas posso estar enganada) e trata-se de um salmão curado, ideal pra comer com torradinhas, blinis e bolachinhas tipo VC (“veículo condutor”, como bem ensinou a Clau… hohoho). O preparo é coisa de criança, mas o mais importante é observar que essa receita precisa ser feita com 3 dias de antecedência, que é o tempo que o salmão vai curar na geladeira.
Para começar você precisa de uma bela pela de filé de salmão com a pele (algo em torno de 900gr a 1kg). Com uma pinça, retire toda a espinha central do salmão – é coisa fácil, basta passar levemente os dedos e já dá para sentí-las, daí é só usar a pinça e tirá-las com cuidado.
Depois, faça pequenos (e sutis, pelamor!) furinhos no salmão com a ajuda de um garfo e prepare um bom pedaço de plástico filme (suficiente para o tamanho do filé) em uma superfície lisa.
Misture 1/2 xícara de açucar e 1/2 xícara de sal (usar sempre partes iguais) e use parte dessa mistura para forrar uma parte do plástico onde você vai repousar o salmão, com a pele para baixo.
Acomode lá o filé e na parte de cima espalhe 1 colher de sopa de vodka (ou conhaque, ou rum). Agora, é só cobrir com o restante da mistura de sal e açucar e muita pimenta do reino moída na hora, cuidando para que todo o peixe fique coberto. Feito isso, finalize cobrindo o filé com folhas de dill – muitas, muitas folhas, fazendo mesmo uma grossa camada.
Por fim, é hora de enrolar o salmão no plástico filme, bem apertado mesmo, fazendo um bom “embrulho”. Depois, forre uma assadeira com papel toalha e coloque lá o “pacote” de salmão e faça pequenos (minúsculos) furinhos do plástico filme – será por esses pequenos furos que o peixe vai soltar o líquido pelos próximos 3 dias (é ideal que você troque o papel toalha todos os dias, ok?).
Se possível, coloque sobre o salmão algo pesado, de modo que ajude com que ele fique prensado – pode usar uma panela pesada, enlatados, o que você tiver à mão – e leve a assadeira à geladeira.
No terceiro dia, retire o salmão do plástico, limpe bem sua superfície e, com a ajuda de uma faca afiadíssima, faça fatias muito muito muito finas e sirva com um molho de mostarda e torradas, blinis ou o que você quiser (eu usei bolachas água light que não tem gosto de abosultamente n.a.d.a e são super baratas) – a idéia é que você use algo muito neutro, que sirva mesmo apenas para receber o salmão e o molho de mostarda, esses sim as grandes estrelas do prato.
O molho de mostarda
Misture bem 2 colheres de sopa de mostarda Ancienne* (ou Dijon), 1 colher de sopa de mel (ou melaço), 1 colher de café de açucar mascavo, suco de 1 limão e um punhadinho de dill picado.
* mostarda ancienne é um tipo de mostarda rústica francesa, forte e deliciosa.
Olha só… só digo uma última coisa para finalizar esse post…
Se você quer arrasar, mas arrasar messsmo em uma entrada/petisco chiquérrimo e facílimo de fazer, pode se jogar com força no Gravlax. Recomendo bem muito :)
* post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar
12 Comentários
Gravlax | Pimenta no Reino
20 de julho de 2011 at 9:29[…] já tinha postado aqui a receita do gravlax que costumo fazer quando tem um petit comité em casa. Gosto desse prato porque ele é simples e […]
Ângela
20 de julho de 2011 at 17:39Deve ser o máximo!! Com certeza esse vou fazer! Brigadão por compartilhar essa delícia! Bjs
Livia Palma
21 de julho de 2011 at 19:28Mulher gato , vem aqui (na sala da justiça) e me diga o que é dill? Parece alecrim? Pode ser substituido por alecrim? OU qual erva? Quero fazer isso ai eu e maridão adoramos salmao….Desculpe a pergunta….
Um beijão!
Faby
21 de julho de 2011 at 20:33Livinha, dill é dill, oras! kakakakakaka Tem gente que conhece por aneto ou por endro… é uma ervinha com um sutil gostinho de anis, nada a ver com alecrim.
Já me perguntaram aí em cima o que poderia substituir o dill nessa receita e o que eu acho mesmo é que não tem outra erva pra substituir não. Alecrim ficaria muito forte e não ia dar o sabor gostoso do gravlax, que é justamente proporcionado pelo dill.
E não tem que pedir desculpas, né mulher, tá loka? ;))))
Mas a verdade minha gente, acho que é uma só: gravlax sem dill…. meio que num rola não.
Bjins!
Marina Barros
24 de julho de 2011 at 0:28Vc tira a pele do salmão quando vai cortar?! ou serve com a pele?!
Faby
24 de julho de 2011 at 11:12Eu tiro antes de servir, Marina. É só puxar, sai bem facinho. Ótima a sua pergunta, preciso acrescentar essa inf no post.
Bjo!
Gabriella Dias
5 de dezembro de 2011 at 20:23Boa noite Faby! O dill seria o funcho?! Lembro que minha sempre fazia chá de funcho para dar aos bebes que ela dava banho na minha cidade e achei bem parecido. Uma outra dúvida, o sabor fica adocicado?
Faby
5 de dezembro de 2011 at 20:40Oi Gabriella,
O funcho é o talo da erva-doce, não? Dill não é a mesma coisa não.
E sobre o sabor… adocicado não é bem a palavra… ele fica com gosto de curado mesmo, mas não doce.
bjo!
Sandra
19 de novembro de 2012 at 0:01Faby,
Aqui no Paraná chamamos de endro.
Mas moro no norte do Paraná, e aqui só se encontra ele seco – ensacado.
Fiz uma conserva de pepino de polaco (como diz minha avó) e usei esse sequinho, ficou com o mesmo gosto. Será que poderia usar nessa receita esse tbm?
Bjs
Faby
25 de novembro de 2012 at 17:36Creio que sim, Sandra. Só que a erva seca é muito mais pungente, tem que tomar cuidado e usar menos!
Bjo!
Dayse Furlanetto
17 de fevereiro de 2013 at 17:30Fiz o Gravlax no meu aniversário de 30 anos. Foi um sucesso total! Comprei um filé de salmão gigante. Rendeu muito e pensei que tinha exagerado e que sobraria muita coisa. Já que muitas pessoas não comem peixe cru. O sucesso foi tão grande que não deu tempo nem de tirar fotos. O salmão ficou incrível e o pedido da receita do molho de mostarda foi constante. Vi até convidado enchendo o pratinho só com o gravlax e o molho por cima, sem torradinha. Kkkk
Receita aprovadíssima e recomendada! Não sobrou nada para contar a história…
Faby
18 de fevereiro de 2013 at 10:39Oba! Que bom Dayse! Olha, por aqui acontece o mesmo, viu? Não sobra nadinha mesmo :)
Bjo!