Pode ser em casa para a família, pode ser em uma cozinha profissional, cozinhar é um ato de generosidade. Acredito naquela história de que comida da mamãe é melhor porque é feita com amor. O cozinheiro transfere sua energia em cada prato que faz, técnica e conhecimentos são fundamentais, mas o amor e cuidado na execução são ainda mais importantes.
Até por isso, um dos maiores questionamentos que tenho toda vez que estou criando um prato é: estou cozinhando isso para quem?
Pode parecer uma pergunta um pouco sem sentido, mas é uma questão importante. Muitas vezes os chefs, movidos pela pressão da crítica, pela empolgação de criar e pelo ego, esquecem do fundamental: o cara que está do outro lado – você, o cliente.
Não pensem que estou isento nessa história, tenho meu ego do tamanho do mundo, gosto do oba oba que uma receita ou técnica inusitada pode gerar, mas tento manter o foco. Quanto mais amadureço minhas ideias, mais observo que o que o cliente quer é comida gostosa.
O cliente não tem razão, ele é a razão da existência de qualquer restaurante, não interessa se a comida é de vanguarda ou da vovó, por mais que os prêmios e a mídia sejam importantes, inspiração mesmo é fazer quem come a sua comida feliz.
Por: Raphael Despirite para canal Brastemp
Bonito texto do chef Raphael, que pesquei no Twitter do @CaBertolazzi e resolvi dividir com vocês.
Aproveito para deixá-los com a pergunta: será que finalmente tá caindo a ficha e o povo está, enfim, percebendo que comida tem que ser simplesmente saborosa?
Oremos :)
2 Comentários
Dêzza
1 de junho de 2011 at 17:06É isso mesmo! Cozinhar é um ato de amor. É nisso que eu me realizo.
Graziele
1 de junho de 2011 at 22:24Cozinhar é isso mesmo Dêzza, é amor, é sempre na intenção, na intenção de agradar alguém ou alguéns de fazer as pessoas terem momentos de prazer….. amo cozinhar também, e acho que a comida, além de saborosa, tem que passar amor, sentimento, senão, é algo simplesmente gostoso, e não gostoso e acolhedor.
BJO