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bolos e tortas doces

bolos e tortas doces Receitas

Bolo mármore

Dias desses a União me enviou um pacote do açucar light (que eu particularmente nunca tinha usado na minha cozinha) e acendeu minha curiosidade – será que usando metade da quantidade de açucar em uma receita ela daria certo do mesmo jeito? Sim, porque adoçar café, chá, suco é simples, mas … e um bolo?

Resolvi fazer um teste e escolhi uma receita clássica, das antigas, um bolo com cara e jeitão de vó – o inconfundível Bolo Mármore, lembra dele? ;)

A receita é das mais simples…

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Saudades, lembranças doces e uma torta de bananas

Um cenário tipicamente outonal domina a paisagem. As folhas cobrem o chão, o sol vem ao seu turno cansado por ter brilhado nos dias longos de verão, árvores avermelhadas e amareladas embelezam a flora local. Os manequins se preparam para o frio, desfilando roupas invernais nas vitrines, enquanto muitos já se valem de seus casacos mais fofos, iguais ao boneco “michelin”.

As mudanças exteriores são sentidas nos ânimos das pessoas, e apesar da valentia de alguns o recolhimento vira a regra, os ventos e a chuva nos expulsam para dentro de casa. Surpreendo-me ao descobrir em minha casa um novo refúgio favorito. Esse canto acolhedor, que não me era mais familiar no Brasil, é onde agora reproduzo os sabores que aprendi a amar em minha infância. E foi a saudade dessa comida amorosa que me aproximou da cozinha.

Ao comparar nossos hábitos com o comer dos holandeses percebi a importância cultural da comida na vida do brasileiro. Qualquer ocasião, de uma simples visita a um casamento, a gulodice domina todos os rituais sociais. O alimento se conecta diretamente ao coração e trazemos na memória delícias preparadas pelos pais, avós ou alguém bem querido.

Assim é para mim. Encontro em minhas reminiscências dezenas de mulheres em uma cozinha de fazenda, preparando pamonha. Eu pequena olhando panelas gigantes e observando o mistério daquele líquido amarelado, que era milho, mas de repente se convertia em minha sobremesa favorita. Conseguia às vezes dar o nó nas sacolas de palha com um barbante. Lembro-me também de ver a vovó preparando biscoito de queijo e seu feijãozinho ainda é para mim o mais saboroso que provei. E para minha sorte a outra vozinha também tinha seus quitutes. Seu vatapá era prato famoso, mas gostava mesmo das coxinhas que preparávamos juntas, da paçoca que ela fazia, essa doce, e até do macarrão nissin com molho avermelhado, delicioso só por ser feito por ela. Também não me esqueço das fugas que fazia com minha irmã para provar as pizzas do Seu João em nossa pizzaria. Ele também preparava gemada como uma batedeira, pronta em poucos minutos, depois nos assustava virando o prato de cabeça para baixo. Também aproveitávamos para furtar muito refri e guardamos várias obturações de lembrança daqueles tempos. A comilança das festas juninas também é memorável: a canjica, os docinhos, o churrasquinho, e também a alegria em receber um correio elegante, ao que ainda fosse 1 correio elegante. Havia também o bolinho de chuva da Dona Anastácia, e eu vibrava quando ela chegava com aquele prato de bolinhos perfeitamente redondos e açucarados, não é melhor bolinho imaginário do mundo?

Não obstante, quando adulta, ao me deparar com as caçarolas, o encanto havia desaparecido. Sozinha em minha cozinha minúscula não havia qualquer inspiração. Anos e anos depois, já em São Paulo fui aprender a cozinhar na escola. O chef Carlos Ribeiro ministra cursos fantásticos no Na Cozinha, e a partir dali algo começou a mudar. As lições gourmet despertaram a vontade de preparar o delicioso e o belo, e descobrimos a importância do “mise-em-place”. Mas a lida com a cozinha estava ainda longe da familiaridade para mim, foi pois que feri levemente meu gentil professor com aquela faca enorme de 7 polegadas, e ele somente me revelou o ocorrido ao final do curso, para que eu não desistisse.

Já na Holanda surgiu grande necessidade de trazer novamente aqueles gostinhos que ficaram na terra natal. O primeiro desafio é ter que lidar com a ausência das matérias primas que abundam no Brasil. Fui encontrando aos poucos um item ali, outro aqui, até porque não podemos sempre ir na lojinha de produtos brasileiros para comprar um pacote de polvilho por quase 4 euros. Encontro o leite condensado na seção de produtos importados, apesar de ser do norte da Holanda, de Friesland. A salsicha defumada que se chama rookworst faz as vezes de lingüiça de feijão.

Começou a surgir uma satisfação com o exercício culinário, para mim novo. Aprender a fazer o ponto de brigadeiro, assar um bolinho, fazer pudim, percebi o grande fascínio que essas comidas exercem sobre mim, admirava-me preparar os ingredientes e me deslumbrava com a metamorfose da massa.

Minhas referências para muitas receitas vêm do site das Rainhas do lar e do blog Mixirica, bem como do livro Quentes e Frios, da autora Maria Stella Libanio. No fim de semana, por exemplo, inspirei-me com uma receita do site das “Rainhas” de curau de milho, no qual aproveitamos o bagaço para fazer bolo de milharina. Comprei então um pacote com dois milhinhos de 2,50 euros e ao provar o resultado tamanha foi minha alegria em me sentir transportada para as adoráveis lembranças que meu super amigo milho me desperta.

Ao preparar os pratos corriqueiros da nossa cozinha, como o arroz e o feijão, percebi que acumulara várias sugestões das mais queridas figuras. Meu feijão tem o toque de manteiga da Lelê, um monte de alho como o feijãozinho da Adri, um caldo consistente como o da vovó Tina e às vezes umas linguicinhas tais quais as da vó Maria. Também cozinho sopinhas pensando na minha amiga Manfra, que um dia me preparou uma sopa para me trazer de volta à vida após um dia muito estressante. Cozinho os legumes ao vapor igual à tia Dag e faço uma salada de tomates assim como ela para os guris. Preparo aquele cachorro quente com molho saboroso tal qual a tia Binha e uso a receita de tahine com mel e os produtos natureba da tia Dani.

Minha cozinha então fica cheia, quase não consigo me mover com essa gente toda trazendo sua alquimia para o fundo da minha panela, e jamais me sinto só. Esses detalhes que não se encontram em livros tornam a comida de cada um ainda mais única e especial. A vida pode ser mais doce e temperada, e até que caiam todas as folhas e renasçam verdinhas daqui ha duas estações abastecemo-nos desse alimento que nutre a alma.

Da maior mestre ainda não falei. Mas ela é sem dúvida a grande referência que tenho para a lida com as colheres de pau. Ela tem dicas para tudo e um jeito só seu de preparar a comida. A torta de banana e o bife bem solado eram customizados para mim e tinham um sabor que ainda reverbera nas minhas papilas degustativas. Ela preparava um incrível manjar de coco com ameixas e aqueles docinhos de festa perfeitos, jamais vindos da latinha pronta. Fico triste quando me lembro de reclamar com ela se o leite tinha nata demais ou se o feijão não estava amassadinho, coisas bobas de criança que não sabia o tesouro que tinha. Havia um algo há mais saindo daquele forno e fogão e não há quem possa repetir as receitas. Até a pipoca feita na panela, combinada com amendoim torrado, consumidos em sacos de papel do mercado Jumbo tinham um sabor incrível, quando sentávamos lado a lado para assistir TV. Na minha humildade de cozinheira iniciante vou tentando aos poucos decifrar a arte da maior chef que já conheci.

Conversamos muito nesses momentos. Ela me avisa quando devo colocar mais sal ou se preciso acrescentar um pouco mais de água, e também me dá idéias do que fazer quando o prato não sai conforme o programado. Algo muito inesperado então acontece. Eu ganho uma confiança que nunca tive enquanto estava ao fogão, e antes de terminar o preparo do alimento já sei que será saboroso.

Acabo cozinhando muito com a minha mãe. Eu aqui, bem longe do Brasil e ela na outra dimensão da vida sopra em brisas suaves o seu conhecimento. Tudo que não tive tempo de dizer-lhe é preenchido pela nossa comunicação secreta. O carinho enorme no preparo dos pratos, pensando nas pessoas queridas do Brasil e nos amados destinatários da comida é sempre uma grande homenagem a ela, uma maneira de agradecer por todos os “gagais” que me fizeram crescer e me transformaram em um ser melhor, e finalmente capaz de dar aos filhotes um gostinho do inesquecível amor de mãe em forma de comida.  Nesses momentos não há tristeza, não há nada mais que uma saudade muito doce, cheia daquele aroma de baunilha que perfuma o forno.

***

O texto acima é da Tati Mota e ao lê-lo não pude deixar de me emocionar – pela história que ele conta, pelas lembranças dela (que se confundiram um pouco com as minhas … uma parada muito louca, difícil de explicar)…
Seu e-mail, tão doce quanto a receita que ele continha, encheu meu coração daquele quentinho gostoso, sabe? Aquele sentimento tão aconchegante que vem depois de um pequeno aperto no coração, que por sua vez precede aquele momento em que nos faltam as palavras. No Rainhas vivi muitos desses momentos e sei muito bem o quanto eles são preciosos e tive de novo a certeza que eles precisam mesmo ser compartilhados, sempre.

Então, diga Tati…

Bem, eu escrevi faz um tempo porque havia publicado um texto no qual mencionava o site das rainhas. Era sobre o descobrimento da cozinha para mim, depois de ter me mudado para o exterior. Acontece que após exatamente 2 meses no país novo eu perdi minha mãe, que além de ser minha querida mamãe era a referência para mim na cozinha. Aconteceu tão de repente que não pude falar com ela nem me despedir. Assim foi que a cozinha surgiu para mim como um ligação com a nossa cultura, mas principalmente com ela. Vale sempre dizer que é muito bom estar em contato com nossos queridos, estejam eles do outro lado da rua ou em outro país.

Depois que escrevi esse texto, que foi publicado no site Digestivo Cultural minha irmã resolveu me mandar o maior tesouro que minha mãe havia deixado. Ela enviou para mim as receitinhas que ela usava por todos os anos em que me entendo por gente. O jeito que ela preparava suas especialidades vai ficar na memória, mas eu lembro desses caderninhos desde pequena, certamente foram para ela uma referência.

Havia preparado para o site das rainhas uma receita que era uma das minhas favoritas. Encontrei no caderno mais antigo uma receita meio diferente dessa torta de banana e ela foi alegremente aprovada pelos comensais daqui de casa. Parece uma mistura de todas as tortas de banana que existiam no site das Rainhas. Não sei se existe no blog Pimenta qualquer coisa que seja parecida com o envio das comadres, mas enfim, o bolo foi feito, as fotos também, então envio nem que seja para que vocês possam curtir.

Fiz fotos da receitinha, mas no meu caso sempre uso menos ovos. Acho que antigamente as receitas tinham muitos, muitos ovos. No mais, segui os passos e deu muito certo.

Bem, gostaria de agradecer por ter recebido tanta ternura através do Rainhas do Lar. Um dia estava aqui no outono da Holanda e abri um vídeo sobre uma vendinha em Minas, eu me transportei imediatamente para lá, e daí veio um chorinho muito doce de saudade.

Super abraços,
Tati.

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Bolo de pamonha

Para homenagear São João ontem escolhi a receita que a Olívia me enviou, com a promessa de ser um bolo delicioso.
Olívia, você não mentiu comadre. Que bolo é esse??? Maravilhoso! Uma receita não deu nem pro cheiro lá em casa e é certo que muitas repetições virão.
Gracias, querida :)

A receita na íntegra, segundo Olívia…

Fabi, eu estou cada dia mais convencida de que cozinhar é além de tudo um blefe, a gente faz uma coisa deliciosa em menos de dez minutos e arrasa, veja esta receita de bolo de pamonha

Bata no liquidificador
1 lata de leite condensado
1/2 xícara de leite
milho de 5 espigas
5 colheres de margarina
3 ovos

Passe para uma travessa e misture delicadamente 1 colher (sopa) de fermento em pó. Asse em forma de buraco no meio untada e enfarinhada.

* post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar

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Bolo invertido de banana

Eu não sou uma pessoa de banana, sabe? Pra falar a verdade, não tenho recordação de já ter descascado uma pra comer assim, pura e displicentemente. Banana pra mim vai bem em doces daqueles tipo compota (o da minha tia Heloisa é fenomenal), no banana split (dã), na farofa, empanadinha no virado à paulista e assim, em bolo… mas a fruta sozinha, nhé :P

Essa receita eu encontrei numa folha solta no meio dos meus livros, sem referência alguma de onde ela saiu, daquelas que a gente anota em algum momento e depois já nem sabe mais de onde veio. Esse na verdade é um bolo simples, daqueles que nem são muito fofos e rápidos de fazer. A banana aqui entra forrando a assadeira, no que depois de desenformado virá a ser a cobertura – daí o invertido, pegou? ;)

Pra começar fiz uma calda caramelada (aqui tem uma receita infalível), direto na assadeira. Depois, por cima da calda (passada também nas laterais da assadeira) fui colocando a banana (tem que estar bem madura) já cortada em fatias no sentido do comprimento. A quantidade de bananas depende do tamanho da fôrma e da espessura que você as cortar, ok? Eu fiz fatias médias e usei 3 bananas nanicas (acho, porque na real eu não saco nada de banana, como já deu pra entender né? rs).

Na batedeira foram 3 ovos inteiros batidos com 2 xícaras (chá) de açucar por uns 5 minutos (ou mais, se a paciência permitir). Depois junta-se 1 xícara (chá) de leite quente, 2 xícaras (chá) de farinha de trigo e 1 colher (sopa) de fermento em pó, misturando tudo direitinho. Eu dei um toque na massa com fava de baunilha (que eu vou mostrar lá embaixo), que deu um aroma i.n.c.r.í.v.e.l ao bolo (eu sou louca por cheiro de baunilha), mas a comadre fica à vontade para usá-la ou não, ok?

Massa pronta, é só colocar lá na assadeira já forrada com as bananas e levar para assar em forno médio até dourar e passar no teste do palito.

Aí vem o grande lance, que é desenformar o bolo (meio que morninho ainda) e dar de cara com aquelas bananas lindas e douradas. Eu gosto de comer morninho, mas isso porque eu tenho uma queda meio que irresistível por bolo quente, vai entender. Mas ó, ele fica bom até de um dia para o outro, viu?

Ah! Pra ficar tudo ainda mais perfeito, nem preciso dizer que a pedida é servir com um café fresquinho, preciso? ;)

* post orginalmente publicado no Rainhas do Lar

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Cupcake de Páscoa (com gotas de chocolate)

Esse ano aqui em casa os ovos deram lugar a outra overdose de chocolate e foi a forma meiga que eu encontrei de presentear nessa páscoa – cupcakes de chocolate, gotas de chocolate, cobertura de chocolate e cenourinhas de pasta americana. Quem almoçou em casa ontem também ganhou o mimo na hora de ir embora, embrulhado no celofane com lacinho de fita.

E o que é um cupcake? Diferente de muffin, o cupcake nada mais é do que um bolinho em miniatura, que pode ou não ter cobertura. Bom, a discussão sobre a diferença entre os dois é vasta na net, com brigas entre os admiradores de ambos os lados, mas como quem manda na minha cozinha sou eu – os meus são cupcakes e pronto! rs

Antes de me aventurar no mundo dos pequenos bolinhos, consultei a melhor fonte sobre o assunto, a Verito, rainha dos cupcakes em Miami. Depois de trocarmos alguns emails, ela me enviou a receita básica e infalível que ela utiliza, outra com gotas de chocolate e ainda da cobertura (frosting) que ela faz para decorá-los. Porém eu decidi que queria uma coisa com cara de Páscoa, ou seja, com moooito chocolate e por isso adaptei a receita da Verito, busquei algumas outras referências e optei por uma calda, igual a de bolo de cenoura. O resultado foi esse aqui…

Para 12 cupcakes:
2 ovos, 1/2 xícara de açucar, 1 xícara de farinha de trigo (eu usei com fermento), 3 colheres de manteiga, 1/2 xícara de chocolate em pó, 1/2 xícara de leite, 200gr de gotas de chocolate e 1 colher sopa de fermento em pó.

Na batedeira vai o açucar e a manteiga, batendo bem até ficar clarinho. Junte o chocolate em pó e bata mais. Acrescente os ovos um a um batendo bem depois de colocá-los. Por fim acrescente a farinha peneirada com o fermento e o leite alternadamente. Coloque as gotas de chocolate, mexa até incorporar e preencha com a mistura as forminhas de papel. Detalhe: eu enchi demais as forminhas e meus bolinhos cresceram mais do que eu gostaria. Não que tenha algum problema, mais por causa da estética mesmo, já que eu ainda colocaria por cima uma cobertura.
Asse em forno pré-aquecido por uns 15 a 20 minutos e leve para esfriar em uma grade.

A calda dos meus cupcakes…
100gr de chocolate meio amargo, 1/2 xícara de leite, 1 colher de manteiga sem sal, 2 colheres de mel.
Derreti o chocolate no microondas e levei para a panela com os outros ingredientes até ferver e cozinhei por mais uns 5 minutos.

As cenourinhas eu fiz com pasta americana, que você pode comprar pronta (para pouca quantidade eu acho mais vantagem) ou fazer em casa. Se quiser fazer aqui vai a receita que eu uso…
3 colheres (sopa) de água, 1 colher (sopa) de glucose, 1 colher (sopa) cheia de gelatina, 1 colher (sopa) de margarina sem sal (aquela forno&fogão), 1 colher (chá) de essência de baunilha (ou outra de sua preferência), açúcar impalpável q.b.
Coloque a água numa panela, espalhe a gelatina e leve ao banho maria. Depois de derretida a gelatina, acrescente a glucose. Depois de dissolvida, acrescente a margarina e a essência. Faça uma cova com açucar impalpável sobre a uma superfície lisa, onde você irá trabalhar a massa. Coloque a mistura no meio e vá adicionando o açúcar e trabalhando a massa até que ela se torne elástica. Guarde em saco plástico bem fechado.
Agora, se você quiser facilitar a sua vida compre a pasta americana da Arcolor que é muito boa :) Para colorir a massa basta usar corante gel. Aqui nas cenourinhas eu usei o laranja e o verde para as folhinhas e para “colá-las” no cupcake eu coloquei a calda ainda morna e já as dispus por cima.

Não ficou uma belezura? ;)

* post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar

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Bolo de especiarias

Esse eu fiz para aplacar a “vontade de comer bolo” da minha mãe. A receita veio direto do caderno da vó Odete mas, como eu realmente não presto, modifiquei algumas coisas. Fala, pessoa que muda receita de vó é muito atrevida, não é não? Hohoho.

A receita da vó Odete segue abaixo na íntegra, como no caderno, e depois os meus comentários e alterações.

Você vai precisar de: 125grs de manteiga em temperatura ambiente, 350g de farinha de trigo, 320gr de açúcar, 80gr chocolate em pó, 4 ovos, 5 colheres (rasas) de chá de fermento em pó, 2 xícaras mal cheias de leite, 1/2 colher chá de cravos socados; 1 colher de chá rasa de canela, um pouco de noz moscada ralada.

Bater bem a manteiga e açúcar. Peneira-se a farinha com o chocolate e junta-se ao açucar alternando com o leite. Adiciona-se as gemas e as especiarias e bate-se muito bem. Junta-se o fermento e por último as claras batidas em neve, misturando levemente. Leva-se ao forno em tabuleiro forrado com papel manteiga (apenas o fundo) pois nas bordas passa-se a faca o desenformar. Em se desejando, cobre-se com calda de limão e açúcar.


O que a atrevidinha aqui fez de diferente:

:: Coloquei 220gr de açúcar comum e complementei até 320gr com açúcar mascavo. O resultado é que o bolo não fica tão doce.
:: Tinha aqui mais ou menos 100gr de nozes picadas que sobraram dos biscoitinhos e resolvi colocá-las na receita. Acrescentei-as um pouco antes das claras em neve.
:: Soquei os cravos em pilão e antes de acrescentá-los à massa, peneirei para que não ficassem pedacinhos duros.
:: Meu fermento estava vencido, usei bicarbonato e funcionou bem.
:: Não forrei a forma com papel manteiga porque fiquei com preguiça. Untei normalmente com manteiga e farinha e não tive maiores dificuldades para desenformar, embora o fundo tenha sido mais chatinho pra sair.
:: Fiz uma calda bem ralinha de açúcar de confeiteiro, suco de limão e cardamomo para jogar por cima – pouca coisa mesmo, porque eu não queria um bolo muito doce.
:: Por fim, salpiquei sementes de papoula só para dar uma graça :)

Pra quem não gosta de bolo muito doce, daqueles que acompanham bem um café fresco ou um chá, a receita é perfeita. E o cheiro que sai do forno….yummy!

* post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar

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Quesada pasiega

Receber alguém no meio tarde para um cafezinho pede um bolo, um docinho, uma gostosurinha qualquer. Minha escolha foi a quesada pasiega, doce espanhol que lembra muito o nosso bombocado, só que feito com queijo minas fresco. A receita vem da coleção País a País.

Você vai precisar de:
800 gr de queijo minas fresco, 100g de manteiga, 350g açucar, 125g de farinha de trigo, 4 ovos, 1/2 limão siciliano, 1 colher sobremesa de canela.

Esfarele bem o queijo, sem soro com um garfo, tampe e reserve.
Bata (eu usei batedeira) os ovos, acrescente a manteiga derretida, o queijo fresco, a canela e casca ralada de 1/2 limão. Bata devagar até obter uma mistura homogênea. Junte o açucar, a farinha e bata até estar uniforme.
Leve ao forno pré-aquecido em forma untada com manteiga (não deve exceder 3 centímetros de altura). Asse por 30 minutos ou até que passe pelo bom e velho teste do palito.

A receita bem que lembra o bombocado, é verdade, mas é muito mais saborosa, vai por mim. A canela com o limão fazem toda a diferença.

Sirva com café fresquinho e faça uma visita feliz :)

* post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar

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Da Série Comfort Food – Bolo de Limão (Grandma’s Lime Cake)

Eu não sou fã de doces, isso você já sabem, mas tem uns bolos que realmente se enquadram perfeitamente no conceito de comfort food, e Bolo de Limão é um deles. É daquelas coisas que apetecem muito mais a alma do que propriamente o estômago, mas isso vocês também sabem como é né?

Bom, daí que hoje eu recebi essa receita por e-mail, veio lá fofa leitora Gisele Montenegro, que raptou a receita do restaurante Miam Miam, do Rio de Janeiro e me enviou toda faceira.
Pimba! Era o que eu precisava hoje pois estou em dívida com um bolinho, dívida essa que pagarei amanhã com essa gostosura aí.

Botando a mão na massa…
5 ovos, 200gr de manteiga (eu usei sem sal), 1/3 xícara de suco de limão (eu usei siciliano), 1/3 xícara de leite, 2 xícaras de açucar, 2 xícaras de farinha de trigo, 1 colher fermento e açucar de confeiteiro (que eu usei na calda e para polvilhar).

Mandei para a batedeira, nessa ordem: as gemas, a manteiga e o açucar. Bati bem, juntei o suco de limão e bati mais. Depois, fui colocando a farinha peneirada com o fermento, intercalando com o leite, como mandava a receita (ó, que obediente?). Por fim, coloquei as claras em neve e misturei, com carinho, como deve ser sempre nessa hora das claras né comadre?
Botei na forma untada e polvilhada com farinha e levei para forno pré-aquecido por 30 minutos.

A calda é feita na panela, misturando água e açucar de confeiteiro em proporções iguais (confesso que não saquei logo de cara essa coisa de “proporções iguais”, mas usei como medida a colher de sopa) e levando ao fogo até formar uma calda rala. Então a gente acrescenta suco de limão e as raspas e joga lá no bolo desenformado.
Para dar uma cara mais fofa, polvilhei açucar de confeiteiro e botei mais raspas de limão, dessa vez do normal (tahiti), que era pra dar essa corzinha verde linda.

Ó, vou falar… bolo fácil, tem a cara linda e deve estar tinindo de gostoso.
Sabe que eu estou até que gostando dessa coisa de “bater bolinho”. Ó Dadi, a culpa é sua!!! E da Gisele também!!!;)

***
Tks Gi. Eu não disse que ia fazer hoje? ;)
Adorei.

* post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar

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Torta de frutas

(a torta antes de receber a “cobertura de brilho”)

A receita veio da net, do site Receitas de Bolos e Tortas Doces, e eu não mudei quase nada, a não ser pelo acréscimo de baunilha no recheio e de abacaxi nas frutas que cobrem a torta. No resto, obediência total =)

A massa…
É claaaaro que a massa é de biscoito, minha massa preferida pela praticidade e pelo sabor (e também porque, vocês sabem, eu não sei fazer massa sovada, pff). Aqui, o biscoito usado é o Aveia & Mel da Nestlé, triturado no liquidificador e depois misturado à 1/2 lata de creme de leite até obter uma massa homogênea. Com essa massa, é só cobrir o fundo e as laterais de uma fôrma de aro removível de 25 cm e levar ao forno médio pré-aquecido por cerca de 10 minutos, ou até a massa dourar ligeiramente.
Mais fácil do que isso não acho que exista, néam? =)

O recheio…
Numa panela é só misturar 1 lata de leite condensado, 2 gemas peneiradas, 2 colheres (sopa) de maizena dissolvidas em 1/2 xícara de leite (eu acrescentei também um pouquinho de extrato de baunilha) e deixar que tudo cozinhe em fogo baixo, mexendo sempre, até ficar um creme consistente. Depois, é só desligar o fogo e juntar a 1/2 lata de creme de leite que sobrou e umas raspinhas de limão (que eu esqueci…dã). Tem que deixar esfriar um pouquinho e depois cobrir a massa que já estava lá, assada e reservada.

A cobertura…
Use as frutas que você quiser para cobrir sua rica torta. Eu usei pêssego em calda, kiwi, abacaxi e morango, mas a escolha é sua. Disponha as frutas por cima da torta e cubra com uma mistura de 1/2 xícara de calda de pêssego com 1 colher (sopa) de gelatina em pó sem sabor – é isso que vai dar um brilho bacana na torta. A gelatina você dissolve em 3 colheres (sopa) de água, em banho maria… depois, junta a calda e leva essa mistura para outro banho maria, dessa vez com água gelada e pedras de gelo – a ideia é acelerar o processo que fará a gelatina dar uma endurecida para que então você possa jogar essa calda por cima das frutas, já que se você cobrir a torta com essa gelatina muito líquida a parada vai ficar uma meleca, sacou?

Bom, feito tudo isso, é só levar à geladeira por umas horinhas, até que a gelatina de cima já esteja durinha e brilhante. E olha só… se você achar o lance da gelatina muito complexo, pode fazer uma caldinha de geleia que também rola lindo, viu? Neste caso, é só aquecer a geleia de sua preferência em banho maria e usar como cobertura da torta.

Eu servi com sorvete de creme (e fico devendo uma foto decente, porque essa última aí só demonstra o meu estado…er… alcóolico no momento que servi a sobremesa) e só lhes digo que não sobrou nem o cheiro – o povo pirou na torta, viu? Então, se você estava buscando uma sobremesa fácil e bonita para a ceia de Natal, aqui está ela! ;)

Nos vemos no finalzinho do ano, ok?

Fui!

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Devil’s Food Cake (Bolo de Chocolate Americano)

Para comemorar o aniversário do maridon que será amanhã, o lugar escolhido foi um bar. No entanto, mesmo sendo a comemoração fora de casa, resolvi que faria um bolo para levar e servir no final da festança. Vocês me conhecem, sabem que eu preciso botar meu dedinho em tudo né? Hohoho. Mas, também por me conhecerem, vocês já estão cansados de saber que bolos não são a minha praia, certo? De modos que só mesmo muito amor para me fazer enfrentar a dura saga do feitio de um bolo com recheio and cobertura. Calculem.

Bem, de posse de um livro apenas com receitas à base de chocolate, pedi que o aniversariante escolhesse qual seria o seu bolo de aniversário (eu sou meio maluca mas sou muito democrática…cof..cof..cof). E a escolha dele foi essa – Devil’s Food Cake, um bolo de chocolate diferente daqueles que estamos acostumados a fazer por aqui.

Vamos ao devil…(meus pitacos entre parênteses, as usual)

Você precisará de: 1 xícara mais 2 colheres (sopa) leite (não me pergunte qual é a dessa medida estranha, vocês sabem que eu tenho sérios problemas com medidas), 1 1/2 colher (sopa) de suco de limão, 1 3/4 xícara de farinha de trigo, 1 1/2 xícara de açucar, 1 1/2 colher (chá) bicarbonato de sódio, 1/2 xícara de manteiga, 2 ovos grandes, 60 gramas de chocolate meio amargo derretido e esfriado e 1 colher (chá) baunilha.

Pra começar, pré aqueça o forno em temperatura média (180). Unte e polvilhe com farinha 2 formas de 22 cm ou 3 formas de 20 cm de diâmetro. Misture o leite com o suco de limão, mexa bem e deixe descansar alguns minutos para azedar.
Coloque todos ingredientes numa vasilha grande e bata com a batedeira em velocidade baixa por 1/2 minuto, raspando a vasilha. Aumente a velocidade da batedeira e bata por 3 minutos raspando a vasilha de vez em quando. Despeje nas formas preparadas e leve ao forno para assar por 30 minutos, ou até o palito sair limpo. Deixe descansar 10 minutos, desenforme e deixe esfriar.

Para o recheio e cobertura:
Derreta 3 colheres (sopa) manteiga com 100g de chocolate meio amargo. Acrescente 2 xícaras de açucar de confeiteiro e 1/3 xícara de leite e bata até obter uma consistência cremosa. Coloque a panela sobre uma vasilha com água e gelo e bata até que tenha consistência de espalhar. Daí é só rechear e cobrir o bolo.

Bem… eu não sou uma boa seguidora de receitas, vocês sabem. Então eu fiz apenas uma forma grande de bolo (com 2 receitas) e cortei com linha para obter as duas partes. Também coloquei castanhas moídas no recheio – salpiquei depois de espalhá-lo – e enfeitei com morangos porque… já que é devil, devil mesmo… chocolate + morango é muitooo apropriado, não é não? ;-)
Como se vê, patisserie não é o meu forte e a finalização ficou meio tosca, mas… não se pode ter tudo comadre. A beleza aqui deu lugar ao amor, que foi muito viu? Porque, olha, só mesmo muito amor… muito.
Ô trem complicado esse de fazer bolo! Deus é mais! :)

As considerações sobre o sabor eu posto num update amanhã.

***

update esperto: Yummy!!! D-e-l-í-c-i-a!

* post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar

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Dia dos Namorados – Sobremesa: Brownie com nozes

Chocolate em Dia dos Namorados é clichê né? Ok, eu sei, mas… pôxa, chocolate tem cara de Dia dos Namorados, vai. E, também… quem disse que a gente não pode ser clichê? Eu posso. Ponto =)

A receita veio da Claudia (perceberam que eu literalmente comi a Claudia de maio né?) e o original era brownie com macadâmia, mas… quem, como eu, não tem macadâmias, pode ir de nozes que não tem erro.

Primeiro, forre uma assadeira de 21 x 31 cm com papel manteiga e unte-o com manteiga. Em uma panela leve 240gr de chocolate meio amargo em pedaços para derreter junto com 2/3 xícara de manteiga (eu fiz uma mistureba dos diabos e usei três tipos de chocolate que eu tinha em casa – todos amargos, porque eu meio que peguei birra de chocolate ao leite mesmo). Mexa até derreter e transfira para uma travessa onde você deverá juntar 4 ovos ligeiramente batidos. Mexa com um fouet para misturar e, ainda sem parar de bater, acrescente aos poucos 1/2 xícara de creme de leite, 1 colher (chá) de essência de baunilha, 1 1/2 xícara de açucar de confeiteiro e 1 xícara de farinha de trigo. Mexa bem até ficar uma massa homogênea. Junte 1 xícara de nozes grosseiramente picadas (ou macadâmia, como no original), mexa, despeje na assadeira forrada e leve ao forno moderado (160ºC), preaquecido, por 25 minutos ou até a superfície ficar crocante. Deixe esfriar, desenforme sobre uma grade e corte em quadradinhos. Rende 24 pedaços.

Sugestões para servir:

1. Faça uma cobertura derretendo chocolate meio amargo com creme de leite e licor de chocolate. É só colocar por cima dos pedaços e enfeitar com as nozes.

2. Para uma versão mais tchap-tchura no Dia dos Namorados, pique o brownie em pedacinhos pequenos, disponha parte desses pedaços numa taça de martini (ou taça comum), coloque sorvete de creme, mais brownie picado, mais sorvete e finalize com um pouquinho de canela em pó ou até com uma farofinha de nozes moídas.

3. Vale também o clássico: brownie + 1 bola de sorvete de sua preferência – com aquele menta com choc chip da La Basque por exemplo, fica coisa de Deus, viu?

Para fazer esse brownie o tempo total é de 40 minutos, incluindo o tempo de forno, mas se você quiser fazer um dia antes, tudo bem. Apenas guarde-o depois de frio em um recipiente bem fechado e na hora de servir dê uma leve aquecida no microondas – coisa de, sei lá, uns 15 segundos.

* post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar

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