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Antepasto de Jiló

antepasto de jiló

Antepasto de Jiló, Fabiana? Really? É hoje que ela perde um monte de seguidores! Rá.

Sim, minha gente. Jiló. Eu adoro. É, tem gente que acha amargo, eu sei. Tem gente que torce o nariz, que faz uma cara igual a do meu filho quando vê qualquer coisa verde no prato, eu sei, eu sei. Mas ó, se você é do time que nunca provou e diz que não gosta, dá uma chance para este antepasto, vai. Ele fica delicioso pra petiscar com pão, torrada, pra colocar na tapioca, do jeito que você quiser.

Não é propriamente uma receita porque foi algo que eu fiz no susto, apenas para aproveitar 4 jilós tristes que estavam na gaveta da geladeira, mas o modo operandi não tem erro. vem comigo.

A primeira coisa que fiz foi passar os jilós na mandoline, beeeem fininhos. Se você não tem, use oum cortador comum ou faça na faca mesmo, o mais fino que puder. Se você acha jiló amargo, coloque as fatias em uma tigela, cubra com água e uma pitadinha de sal e deixe de molho uns 15 minutinhos. Depois é só passar por água corrente e secar bem as fatias antes do próximo passo. Eu não tiro amargo do jiló simplesmente porque não o acho amargo, mas fique a vontade, ok?

Bom, agora é hora de passar as fatias de jiló pela frigideira antiaderente com um fio de azeite. Coisa muito rápida porque as fatias são bem fininhas, tá? A ideia é dar uma leve grelhada nele. Retire da frigideira as fatias grelhadas e reserve.

Na mesma frigideira coloquei azeite e dourei cerca de meia cabeça de alho bem picadinho – gosto assim, muito, mas você dosa de acordo com seu paladar. Depois, uma cebola fatiada em lâminas beeeem fininhas (usei a mandoline também), um pouquinho de dedo de moça picadinha e 1/2 pimentão vermelho (que era o que eu tinha na geladeira, mas use o verde ou o amarelo, sem crise). Deixei tudo refogar e dourar bem, mexendo de vez em quando. Para o grand finale, uva passa…

PARA TUDO!

A pessoa usa na mesma receita dois ingredientes top 3 dos haters gastronômicos? Faça o favor, Fabiana ;)

Ok, uva passa. Não gosta? Não coloca. Usa alcaparra, quem sabe. Ou nada.
Daí é só temperar com sal e pimenta. Eu coloquei manjericão fresco, só porque eu tinha, mas você pode usar salsinha, se gostar.
Junte o jiló reservado e misture tudo bem. Desligue o fogo e deixe esfriar antes de servir, regado com mais azeite.
Se for guardar, coloque em pote esterilizado e cubra com azeite. Nunca testei mas deve durar o mesmo que o antepasto de berinjela, se conservado com azeite.

Agora é com você. Vai abrir esse coração duro para o antepasto de jiló? Me conta <3

Volto já.
Faby

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Malfatti

receita malfatti

Você conhece o Malfatti?

Até ontem eu chamava de Nhoque de Ricota, até que a Let (@letmassula) postou no Instagram e descobri que chamam Malfatti (literalmente “mal feito”) que, pela minha ligeira pesquisa, é uma receita típica da região da Lombardia na Itália, mas também aparece com o nome de Malfatti Toscano, que leva farinha de trigo além da ricota.

Bom, se a história certa eu não sei, já a receita posso passar sem medo de errar porque os últimos ficaram divinos. Na minha versão vai apenas ricota, o que deixa os bolinhos extremamente leves, uma delícia. Pra acompanhar usei a minha receita de molho de tomate, publicada aqui. Recomendo fortemente essa combinação.

Para fazer o Malfatti:

400gr de ricota boa (sim, tem ricota ruim, beeem ruim – fuja dessas)
1 1/2 xícara de espinafre ligeiramente cozido e espremido
100gr de queijo parmesão
2 gemas e 1 ovo inteiro
sal a gosto
noz moscada (sem dó, mas sem enlouquecer também)

A primeira coisa a fazer é passar o espinafre em água fervente. Não precisa cozinhar muito – é jogo rápido. Daí escorre e aperta bem, pra tirar toda a água. Mede cerca de 1 xícara e meia, apertadinha, e pica fininho.
Junte a ricota passada pela peneira com o espinafre. Acrescente o parmesão, as gemas e o ovo. Tempere com sal e noz moscada e misture bem. O resultado deve ser um a massa que você consegue modelar fazendo quenelles (uma espécie de bolinho feito com duas colheres).

receita de malfatti

Ferva bastante água e leve os bolinhos para cozinhar, do mesmo modo que é feito o nhoque – quando os bolinhos sobem, é hora de retirar. Pronto! Sirva o Malfatti com o molho de sua preferência – pra mim, o tomate é perfeito mas também rola molho branco, why not? Dá para servir os malfattis no prato com o molho ou colocá-los numa travessa refratária, colocar o molho e queijo parmesão e levar para gratinar – tem como não ficar maravilhoso?

Gostou? Se você ficar inspirado e repetir a receita, me marca lá no Instagram (@faby_zanelati).

Até mais,
Faby <3

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Torta Espiral de Vegetais

torta espiral de legumes

Quem não gosta de torta, bom sujeito não é ;)

Hey, quarenteners! Todos bem?
Aqui seguimos la vida loka com jornadas triplas em dias que duram 72 horas – é casa, trabalho, criança, cachorros (não necessariamente nessa ordem). De brinde, uma capsulite no ombro e uma certa imobilidade no braço direito. Ou seja, tá fácil. Só que ao contrário ;)

A cozinha segue trivial mas vez ou outra a gente dá uma caprichada. Essa torta foi um desses dias, de capricho puro.
A massa é uma brisée básica, a ricota bem temperadinha, os vegetais cortados em lâminas fininhas com a mandoline e voilà! Uma torta bonitona e cheia de bossa para os dias em que a gente decide pegar leve (aqui eles são raros, shame on you, Fabiana!).

como fazer torta de vegetais espiral

Para a massa brisée
(que pode ser sua massa coringa pro resto da vida)

200gr de farinha de trigo
100gr de manteiga gelada
1 ovo
água gelada (se for necessário)
Uma pitada de sal

Misture a manteiga gelada e a farinha de trigo, misturando até formar uma farofinha.
Junte o ovo e amasse. Se a mistura estiver muito seca, adicione 1 colher (chá) de água gelada.
Adicione uma pitada de sal e trabalhe a massa até ela ficar lisinha.
Faça uma bolinha, embale com filme plástico e leve pra gelar uma meia horinha.

Depois é só abrir com as mãos na forma que você for usar. Aqui usei uma de vidro, mas pode ser uma de torta com fundo removível também.

Para a ricota temperada

Aqui é tudo no olhômetro, mas basicamente juntei 1 xícara (chá) de ricota fresca, 1 gema e temperei com azeite, sal, pimenta e noz moscada – aí é a gosto. Você pode incrementar juntando nozes processadas (ou amêndoas) e ervas de sua preferência – manjericão fica sensacional. É só misturar bem, formando uma espécie de creme e colocar por cima da massa da torta.

torta espiral de vegetais

Para os vegetais

Usei abobrinha, beringela e cenoura, tudo cortado com mandoline, na mesma espessura. A quantidade, claro, depende do tamanho dos vegetais. Para esta forma de 20cm usei 01 cenoura, 1 abobrinha e 2 beringelas pequenas.
A beringela você deixa de molho em água com sal por uns 10 minutos e depois seca com papel toalha.
A abobrinha só corta e reserva.
A cenoura precisa aferventar, pra ela ficar mais maleável pra você conseguir dobrar sem quebrar. Seque-as também com papel toalha depois de pré cozidas.

Depois que está tudo cortadinho e seco, comece a colocar na torta, iniciando do centro para a ponta. É só ir seguindo as camadas, alterando os vegetais.
Notem que eu não sou assim tão perfeccionista e as minhas camadas não são exatamente perfeitas – nem precisa, né? Mas se você tiver tempo, paciência, um toc ou coisa parecida, vá cortando os vegetais para preencher as camadas, formando a rodinha. Dá sempre uma amassadinha, pra firmar os vegetais no creme de ricota.

Feito isso, leve ao forno pré aquecido 180ºC e asse até dourar.

Sirva morninha com uma salada verde.

Volto logo.
Continuem se cuidado <3

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– Torta de Iogurte e Vegetais

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Molho de tomate caseiro

receita de molho de tomate

Vamos fazer molho de tomate em casa? Yeah!

Voltei quarenteners, todos bem? :)

Aqui sigo na jornada tripla, quádrupla, quíntupla, nem sei mais, rs. A cozinha está a todo vapor sim, mas as receitinhas tem sido as mais básicas possíveis quase sempre. Mas, também tem aqueles dias que a gente capricha né? Foi o que aconteceu dia desses, quando resolvi fazer massa caseira – Ravioli recheado com Ossobuco (esse da foto, maravilouser!) mas aí lembrei que ando em um dilema com os molhos industrializados, inclusive (e principalmente) os tomates pelados, que não andam me fazendo bem – a acidez tem me incomodado e eu, depois do susto da úlcera aberta no ano passado, ando mais cuidadosa. A marca que usava normalmente não anda legal e as demais que testei também estavam bem ruins. E tem aquelas caríssimas que né, nunca testei e nem testarei…rs.

Bom, o fato é que decidi fazer molho de tomate em casa e já há algum tempo é o que tem me deixado mais feliz. Dá trabalho? Dá, mas não é algo impeditivo e a vantagem é que você faz de batelada e congela.

Receita de molho de tomate é aquela coisa, cada um tem uma pra chamar de sua e eu já fiz de inúmeros jeitos até chegar nessa versão que, ao menos por enquanto, é a minha eleita. Ela leva beterraba, o que garante um equilíbrio na acidez do tomate e acaba deixando a receita mais nutritiva. E também tem a etapa do forno, que carameliza cebola e tomate e agregam dulçor ao molho, amo.

Eu não tenho medidas exatas (ah vá!), mas vou me basear na última leva que fiz, ok?

como fazer molho de tomate caseiro

Neste usei 4kgs de tomate italiano maduro, 1 beterraba média, 2 cebolas e 1 cabeça de alho inteira, além de louro, manjericão, azeite, sal e pimenta calabresa, tudo a gosto. Vale dizer que a cebola pode ou não ficar no molho depois, então se você tem problemas com ela, pode ficar tranquilo que ela não aparece no resultado final. O alho é aquilo, pra mim ele nunca é demais, mas você pode adequar a quantidade ao seu gosto. Ele também desaparece, fique tranquilo.

Como fazer

Cortei os tomates lavados em 4 partes e dispus numa assadeira antiaderente bem grande – aqui vale um reforço: faça uma boa quantidade para aproveitar o tempo, de forno inclusive. No meu caso, deu duas assadeiras, pra ser exata.
A beterraba eu só descartei a extremidade e depois cortei em cubos grandes, com casca e tudo. feito isso, basta juntar lá na assadeira com os tomates. Depois vem todos os outros ingredientes (cebola em cubos, dentes de alho inteiros, sme casca e folha de louro), espalhados pela assadeira. Rega com azeite, tempera com um pouco de sal (pouco, porque você usa o molho depois em suas receitas e aí sim finaliza com a quantidade de sal que quiser), pimenta e coloca o manjericão, sem desfolhar (pq ele vai ser descartado depois também). Sim, pode usar alecrim – eu gosto bastante também.

como fazer molho de tomate caseiro

Daí leva pro forno por uns 50 minutos ou até que a beterraba esteja cozida – não precisa estar suuuuuuper macia, é só testar com a pontinha de uma faca, se entrar, está no ponto. O resultado é que tomate, cebola e alho vão caramelizar e é isso que a gente quer.

Agora é hora de pescar os ingredientes. Chato, mas tenha fé que é uma etapa importante se você prefere um molho mais pedaçudo. Retire os galhos de manjericão e descarte. Para o liquidificador leve os cubos de beterraba, o alho, as cebolas (todas ou não, você decide – eu gosto de deixar um pouco da cebola em cubos) e parte dos tomates, além da pele de todos eles. A pele dos tomates sai facilmente depois que eles assam e tudo que vc tem a fazer é puxar. Eu deixo parte dos tomates (já sem a pele) sem bater porque gosto de molho mais rústico, mas se você prefere ele lisinho apenas bata tudo no liquidificador e pronto! Se for preciso, acrescente um tico de água para ajudar a bater.

como fazer molho de tomate caseiro

Depois de batido, coloque em uma panela grossa com o restante dos tomates assados que ficaram na assadeira (se você bateu tudo, apenas leve para a panela). Coloque em fogo baixo e deixe cozinhar por cerca de uma hora, mexendo vez ou outra. Pronto!

como fazer molho de tomate caseiro

Deu trabalho? Deu, mas quando você provar o molho por cima daquela massa incrível, volta aqui e me diz se não valeu a pena ;)

Eu mostrei um pouco do processo lá no Stories do Instagram. Já me segue lá? @faby_zanelati

Até mais, cuidem-se!

Fã de tomate?
Veja também essa receita escândalo de Chutney de Tomate.

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Rosbife Caseiro

rosbife-caseiro

Rosbife? Bora!
Cozinha reformada, notaram? ;)

Eu planejei a volta e decidi mudar uma coisinha aqui, outra ali… nada radical. Daí precisei mexer no código (tks, Edu!) e aquela coisa toda. Daí… bom, daí veio a pandemia que todos estamos vivendo e tudo ficou esquisito. Se este período tão angustiante trouxe algo bom (e tem como?), foi a volta à cozinha – de um jeito definitivo. É nela que tenho encontrado alívio, descanso e um pouco de paz. Alguns dias tem sido mais difíceis e, com uma criança pequena em casa, nem sempre os planos dão certo. Já fiz pães, massas, esfihas, enroladinhos… estou fazendo as pazes com as massas de sova – ainda não demos aqueeeele match, mas estamos nos conhecendo melhor. Tem sido bom, ainda que tudo esteja tão ruim. Vamos em frente, certo?

Voltei com uma receita que virou hit aqui em casa, o rosbife caseiro. Tão, mas tão, mas tão fácil de fazer que nem sei se pode entrar na categoria receita. Por aqui é sucesso! Vira salada, vira sanduíche e vira até prato principal, recebendo o molho que você preferir. Com tantas qualidades, só posso te aconselhar a se jogar nesta receita e me contar depois.

Eu uso lagarto, mas há quem faça com mignon (uma carne que eu definitivamente não curto). Você decide com qual vai querer fazer. Se for o lagarto, peça para seu açougueiro deixá-lo limpíssimo, assim ó…

como-fazer-rosbife

Bom, daí o tempero também é por sua conta. No meu eu uso tão somente alho, pimenta do reino e sal. Nada mais. E nem precisa, acredite. Mas, se você duvidar ou quiser uma versão mais exótica, pode acrescentar páprica, cominho, tomilho, alecrim… o importante é que a proporção de sal é cerca de 1 colher (sopa) de sal para cada kg de carne. A colher eu uso aquela medidora, tá?

Misture os temperos e esfregue por toda a carne, vigorosamente. NADA DE FURAR A CARNE, pelamordedeus! O tempero vai na parte externa mesmo e precisa de um tempinho de descanso para ficar ainda melhor. Eu deixo no mínimo uma horinha na geladeira, mas já fiz até de um dia para o outro e também fica ótimo.

O próximo passo é simples – selar a carne em uma frigideira. Se você tiver uma que possa ir ao forno, use-a. Se não, faça este processo em uma frigideira comum e depois use uma assadeira ou travessa refratária para o próximo passo.
Basta ir selando todas as partes da peça, até que crie uma crostinha. Antes de levar ao fogo, retire o excesso de alho porque ele pode queimar durante este processo, ok?

como-fazer-rosbife-caseiro

Todos os lados selados, hora de forno (alto). A conta é cerca de 20 a 30 minutos para cada kg, mas isso também vai depender do ponto que você quiser pro teu rosbife. Aqui gostamos dele com o centro bem rosado, quase cru, então não deixo muito tempo no forno. Se você preferir um ponto a mais, use a conta de 30 minutos/kg.

Depois que a peça sai do forno, deixe esfriar completamente, envolva em plástico filme e leve para gelar antes de fartiar. Se quiser, pode até colocar um pouco no freezer (sem deixar congelar!) para que a carne esteja bem firme para ser fatiada.

Passado o tempo de geladeira, retire o plástico filme e fatie a carne bem fininho (nós gostamos assim) e use como quiser. Minhas sugestões são:
Salada fria: alterne camadas de rosbife fatiado, cebola, pimentão verde e vermelho e tomates fatiados, com azeitonas picadas. Tempere com sal e pimenta e cada camada completa. Leve para gelar por pelo menos 2 horas e sirva fria.
Sanduíche: pode ser feito com a salada acima ou apenas com o rosbife, no pão. Ciabatta é uma ótima opção.
Prato principal: Prepare um molho de sua preferência e sirva à parte, com o rosbife fatiado. Meu preferido é o que leva mostarda dijon, mel e creme de leite. Comece com uma cebola em cubinhos refogada na manteiga, junte um pouquinho de farinha de trigo, acrescente a mostarda e o mel e o creme de leite. Mexa, tempere com sal e pimenta e deixe engrossar. Se quiser um molho mais lisinho, use o mixer para homogeneizar. 

sanduiche-de-rosbife
salada-de-rosbife

 

como-fazer-rosbife-caseiro

Fácil, certo? ;)

Se quiser acompanhar mais dicas e receitas, é só me seguir lá no Instagram: @faby_zanelati.

Nos vemos. Tudo vai passar <3
Amor,
Faby

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Chutney de Ameixa Fresca e Maracujá

chutney

Eu adoro chutney. Acho fácil de preparar, versátil (dá pra fazer com muitas coisas que tem geladeira) e acompanha super bem assados e sanduíches. Além disso, eu sou #teamagridoce forever e acho que o casamento do salgado com o doce é sagrado.

Essa versão tem ameixa fresca e maracujá e caiu super bem com um lombo e também com uma batata doce assada num dia qualquer. Ou seja, um pouquinho de chutney é a pedida perfeita para dar aquele glam num prato comum do dia-a-dia, além de ter boa durabilidade na geladeira e ainda fazer bonito na hora de receber alguém para um almoço ou jantar.

Você vai precisar de 200g de açúcar mascavo, 1kg de ameixas vermelhas sem caroço, polpa de 1 maracujá bem grande, cravos, 1 pau de canela, pimenta calabresa, 100ml de vinagre de vinho branco, além de água (1 xícara mais ou menos).

Comece lavando as ameixas, retirando o caroço e cortando em gomos. Ferva o açúcar com a água. Quando estiverem bem misturados, junte as ameixas e a polpa do maracujá. Cozinhe desmanchar a ameixa e começa a escurecer, mexendo de vem em quando. Junte os cravos (uns 4/5), a canela em pau e a pimenta (um tiquinho só!) e cozinhe mais um pouco. Quando estiver bem reduzido, apague o fogo e junte o vinagre. Depois de frio, guarde na geladeira em vidro com fechamento hermético.

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Pera ao Vinho

Sobremesas não são o meu forte. Dito isto, preciso confessar que frutas sempre salvam a minha pele quando preciso de uma sobremesa em um dia de pouca inspiração, e neste quesito ninguém cumpre melhor a tarefa do que a pera.

Pera é aquele tipo de fruta meio renegada, né? Não é popular como a maçã ou a banana e nem tão hype quanto o abacate, o figo… daí ela fica lá, meio esquecida. Não aqui em casa!

Esta receita de Pera ao Vinho é minha sobremesa coringa porque é fácil de fazer (muito fácil aliás), relativamente rápida e leva poucos ingredientes, quase sempre o que a gente tem na despensa. Na hora de servir ela também leva vantagem – vai com sorvete, com chantilly, com creme de confeiteiro… ô bichinha versátil!

Atenção para a lista de ingredientes: pera (pode ser a mais durinha, a Willians, e eu uso sempre a mini, por frescura mesmo, rs), vinho tinto, açucar, canela em pau, cravo e água. Viu? Não disse que era pá-pum? ;)

A primeira coisa a fazer é usar um descascador de legumes para descascar as peras, mantendo o cabinho. Na falta do descascador a faca dá conta, claro, mas tem que ter aquele jeitinho delicado, pra tirar a casca fininha, ok?

Em uma panela coloque o açucar (umas 3 colheres de sopa são suficientes), o vinho e a água – a proporção aqui é de 2/1, ou seja, 2 xícaras de vinho tinto para 1 xícara de água. Essa quantidade aumenta se você estiver preparando muita pera – aqui usei essa proporção para cozinhar 8 mini peras. A ideia é que elas cozinhem mergulhadas nesta mistura. Ah sim! Junte a canela em pau e uns cravinhos (usei uns 6 pq gosto deles, mas vai de acordo com teu gosto).

pera_vinho

Pronto! Agora é só ligar o fogo, misturar, esperar o açucar se dissolver, juntar as peras e deixar que elas cozinhem lentamente (nada de fogo altíssimo!). Vez ou outra você checa com um palitinho para saber se estão cozidas, mas leva cerca de 30 minutos. Quando elas estiverem cozidas, a calda de vinho também deve ter reduzido bastante e engrossado. Se isso não aconteceu, retire as peras já cozidas da panela e deixe a calda de vinho engrossar mais um pouco.

Dá para servir geladinha ou morna – não disse que essa receita é coringona? ;)

Na foto tem sorvete de creme, amêndoas laminadas torradas e uma folhinha de hortelã para decorar.

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Moros y Cristianos

moros_cristianos

(toda internacionalzinha, hein Fabiana?)

Então, arroz com feijão… tem coisa melhor? Sim, pra você talvez até tenha, mas para mim não. Arroz com feijão é tipo a minha comida do corredor da morte, última refeição da vida, saca? Eu apenas amo. Além de ser minha comida do dia a dia, é um prato que está longe de ser monótono, pelo contrário! As variações são tantas que nem sei contar – diversos tipos de feijão, arrozes incríveis… impossível enjoar. O segredo daquele feijãozinho com arroz bem gostoso eu já ensinei no meu livro O Pequeno Livro de Cozinha – Guia para Toda Hora, escrito em parceria com Kátia Najara e publicado pela Editora Verus/Record.

Tá, mas e essa receita aí toda gringa? Então, o prato tem origem cubana e chama Moros y Cristianos (Mouros e Cristãos) e é exatamente isso – arroz branco com feijão preto, que pode ou não ter carne no preparo. Simples e perfeito. Um amigo me apresentou o prato décadas atrás e um tempo depois uma panamenha me ensinou sua versão, onde o feijão era temperado com banha e o prato finalizado com toucinho cozido. Maravilhoso, devo dizer. Na versão cubana há quem finalize com alho frito, o que, convenhamos, não tem chance de ficar ruim, certo? Já eu aqui optei por bacon – mas não qualquer um! Este bacon é produzido artesalmente, defumado a frio por 72 horas com serragem de macieira e maturado por 20 dias. Falo dele adiante pq né, isso é um bacon de responsa!

moros_cristianos

Ok, voltando ao prato. Ele lembra nosso Baião de Dois, onde o arroz é cozido com o feijão e isso é bem fácil de fazer. A primeira coisa é deixar o feijão preto de molho (eu deixo de véspera e descarto a água do molho). Depois, ele vai para a panela de pressão com água muita, louro e um pedaço de toucinho (usei o “corinho” do bacon). Ele precisa cozinhar até ficar macio, mas não demais. Quando estiver cozido, retire o toucinho, reserve os grãos e conserve 2 xícaras do caldo. Em uma panela coloque um fio de óleo e frite 1 xícara de arroz (eu lavo e escorro o arroz, mas tem gente que já pulou essa parte lá na década de 80 né? rs). Junte o caldo do feijão, tempere com sal, tampe e cozinhe como um arroz normal.

Agora é hora de juntar tudo. Em uma panela doure bastante alho e cebola – seja generoso. Junte os grãos de feijão preto, outra folha de louro e o arroz cozido. Tempere sal e pimenta (e cominho, se você gostar). Mexa bem, prove o tempero e pode desligar a panela.
Na hora de servir, se optar pelo alho, basta cortá-lo em fatias,  fritar em um pouco de óleo, escorrer em papel toalha e salpicar por cima do prato. Coentro fresco e pimenta dedo de moça beeem picadinha também finalizam lindamente, ou então faça como eu e use bacon.
Fritei uns cubos e algumas fatias finas, para dar aquele visu.
Para acompanhar, mandioca cozida e um ovo com a gema molinha, pq eu sou dessas ;)

Gostou deste jeito diferente de comer arroz com feijão? Dá uma chance para o prato que garanto não vai se arrepender <3

 

UM BACON É UM BACON

bacon_salumeria_taranto

Você já deve ter ouvido a expressão bacon é vida, certo? Bom, talvez para alguns seja mesmo e, para esses, o bacon da Salumeria Taranto é tipo uma vida no paraíso.
Ele é produzido artesanalmente por um grande amigo, Fábio Taranto, que trata a charcutaria como ela deve ser tratada – com respeito, tradição e qualidade impecável. Além deste bacon defumado a frio e maturado, ele produz delícias absurdas como linguiças frescas, inclusive a versão com limão siliciano (minha favorita) e também com queijo Canastra, além de Chistorra, Bastoncini, Salame e outros embutidos que você não encontra em qualquer lugar. Para conhecer o trabalho dele clique aí no link e siga-o nas redes sociais @salumeriataranto
Ah! E vale avisar: Este post NÃO é patrocinado, nem poderia ser pq o Fábio é meu compadre, praticamente um parente, certo?  ;)  Mas coisa boa pode e deve ser divulgada.

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Vareniki

receita de vareniki

Nem vou dizer que voltei de novo. Quem me acompanha no Instagram (@faby_zanelati) sabe que minha vida deu outro plot twist e, dessa vez, um beeeeem grande <3

Então, sem mais delongas vou pular a parte da aventura que virou minha vida e vou logo deixar aqui uma receitinha que é simplesmente d e l i c i o s a e vem lá da Ucrânia e das bandas da Rússia e Polônia. Como estamos em plena #Rússia2018, achei que era o prato perfeito para o último feriado e ó, só sucesso, tipo a seleção francesa (não falemos sobre futebol, ok? rs).

O prato chama Vareniki e trata-se de uma massa com recheio de batata e cebola, que lembra o dumpling. É o tipo de prato que prova que poucos ingredientes fazem grandes receitas e eles podem ser os mais simples possíveis, tipo trigo, batata e cebola – incrível não é? Adoro esse poder de pegar ingredientes básicos, do dia-a-dia, e transformar em um prato bacanudo, saboroso e surpreendente.

O preparo tem etapas e é bom pra você fazer naquele dia em que está de bem da cozinha, tomando uma tacinha de vinho e ouvindo música boa ou rindo com a família e os amigos. Aliás, este é um prato que tem cara de grandes encontros com quem a gente ama… eu diria que é um prato super família ;)

receita de vareniki

O recheio

A primeira coisa a fazer é cozinhar a batata. Para esta receita você pode usar 500gr de batata e ao final vai ter cerca de 40 varenikis de tamanho médio. Cozinhe as batatas até ficarem macias e passe-as pelo espremedor. Tempere com sal, pimenta do reino e noz moscada ralada na hora – ela é importantíssima nesta receita ok? Capricha.

Reserve a batata amassada e corte em cubos pequenos ou em tirinhas bem finas 600gr de cebola. Leve a cebola para uma panela larga, tempere com sal e deixe dourar, caramelizar. Leva tempo e exige paciência mas vale a pena, believe me.

Quando a cebola estiver moreninha junte 2/3 dela na massa de batata amassada e misture bem. Reserve o restante para finalizar o prato.

receita de vareniki

A massa

Em uma tigela grande coloque 350gr de farinha de trigo, faça um buraco no meio da farianha e junte 200ml de água quente com 30gr de manteiga (derreta a manteiga na água quente) e uma pitada de sal. Agora vá misturando com as mãos até formar uma massa. Leve para uma bancada enfarinhada e sove por uns 15 minutos (eu usei batedeira com gancho de massa). Depois de sovar, faça uma bola com a massa e deixe-a descansar fora da geladeira por 30 minutos. Passado este tempo, pode abrir a massa com uma máquina de macarrão ou rolo. A espessura não precisa ser finíssima, mas também não pode ser grossa demais. Com um cortador (ou a boca de um copo grande) corte círculos da massa e coloque uma colherzinha do recheio em um dos lados. Passe um dedinho de água na borda da massa e una, formando um pastelzinho.

Coloque uma panela grande no fogo e ferva uns 2 litros de água com um pouco de sal. Assim que a água ferver, coloque os varenikis para cozinhar – uma pequena quantidade de cada vez. Quando eles sobem é só esperar 1 minutinho e pronto.

receita de vareniki

Retire os varenikis cozidos com a escumadeira e coloque em uma frigideira larga com um pouco de manteiga. Não precisa escorrer o vareniki e nem passá-lo por água fria, ok? É o amido da farinha e a manteiga que farão o “molhinho”. Faça o processo com toda a massa, coloque em uma travessa e cubra com a cebola reservada.

Sirva quente, com um bom vinho. Se quiser, finalize também com parmesão ralado ou junte uma pequena quantidade à massa de batata, se você for queijólotra ;)

bolos e tortas doces

Bolo de Maçã e Especiarias

bolo de maca

Nada melhor pra voltar do que um bolo, desses que perfumam a casa toda e trazem sensação de aconchego, de que tudo sempre vai ficar bem. Bolos são uma mistura de amor com fermento e aqui tem também maçã e especiarias. Facinho e quase infalível.

Em uma tigela grande junte 1 xícara de farinha de trigo, 1 xícara de farinha de aveia, 2 xícaras de açucar (usei 1 de açucar comum e 1 de mascavo, mas pode usar só um ou outro), 1 colher sopa cheia de cacau em pó (não é o achocolatado), 1 colher chá de canela e pitadas generosas de noz moscada ralada na hora, cravo em pó e baunilha (usei uma que eu tenho que já vem só o pozinho, mas você pode tranquilamente incluir as sementinhas da fava, extrato ou eliminar se quiser), além daquela pitadinha marota de sal que faz o bolo ter aquela alegria. Misture tudo.

Descasque e pique 3 maçãs em cubinhos – o ideal é uma maçã média, mas eu só tinha daquelas pequeninhas então usei 4 e achei que faltou um pouquinho. Leve as cascas para o liquidificador com 3 ovos e 1 xícara de óleo vegetal. Bata bem até ficar homogêneo.

Junte a mistura batida no liquidificador aos secos da tigela. Acrescente a maçã picadinha, 1 colher sopa de fermento em pó e misture tudo.

Coloque em forma untada e enfarinhada e leve ao forno pré aquecido (200C) por 45 minutos. Curta o aroma que vai sair da sua cozinha enquanto coa um café fresquinho.

Espere amornar para desenformar. E na hora de servir, seja generosa na fatia <3

bolo de maca
* Post dedicado à minha amiga Khrisna Ferraz, de quem sinto saudades <3

legumes pratos únicos Receitas sem glúten sopas, caldos & cremes vegetarianos

Sopa de abóbora assada com especiarias

Quem aí toma sopa até no verão levanta a mão! o/

Pra mim não tem estação ou refeição certa para uma boa pratada de sopa. Amo. Pode ser de qualquer legume, com ou sem carne, versão caldinho, creminho, o que for eu traço. Tenho paixão por canja, sopa de feijão e aquele bom e velho minestrone. Só que as vezes o tempo é curto demais e uma sopa que sempre quebra um galho e é super prática é essa de abóbora com especiarias.

O truque, se é que se pode chamar assim, é cortar a abóbora e levar pra assar. Disponha os pedaços de abóbora na assadeira e tempere com especiarias a seu gosto. Eu uso sal, pimenta, cominho, canela em pau (só para perfumar). Cobre com papel alumínio e leva ao forno pré aquecido até que ao espetar a pontinha da faca, a abóbora esteja macia.

Depois, é só retirar a polpa assada com a ajuda de uma colher e reservar.

Em uma panela levo cebola e alho para dourar em um fio de azeite. Junto um pedaço de gengibre ralado e a polpa da abóbora assada e um pouco de caldo de legumes. Tem que misturar e deixar cozinhar um pouco, até começar a engrossar. Quando está no ponto que eu gosto, acerto o tempero, junto um pouquinho de noz moscada ralada na hora e uso o mixer direto na panela para deixá-la mais lisinha e homogênea, mas nada impede de serví-la mais rústica (quando a preguiça bate forte, vou de rústica) ou de usar o liquidificador.

Na hora de servir, croutons, iogurte, azeite e pimenta do reino moída na hora são ótimos para finalizar.

Dá para fazer a mesma sopa substituindo a abóbora por inhame, beterraba, cenoura, batata doce e mandioquinha, todas igualmente deliciosas.

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