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Receitas

Receitas saladas

Salada de 7 cereais

Gente, quem foi que esqueceu o forno ligado, hein? Que calor é esse, braziu-iu-iu?
Mas ó… tô reclamando não. Eu curto esse climão-país-tropical =)

Mas vamos combinar que, com essa temperatura, só mesmo uma comidinha leve, de preferência geladinha né? Pois então! Essa saladinha que eu fiz com o 7 Cereais da Raris fez bem esse papel e ó, ficou boa demais viu?

Cozinhei o arroz em água com um bouquet garni. Depois de cozido, escorri, deixei esfriar e temperei como saladinha – usei herbs de provence (desculpa, mas a Silvia me trouxe de Paris, tá?), pimenta calabresa, sal, azeite e limão. Acrescentei uns micro tomatinhos sweet, um alho poró cortado fininho, uva passa e damasco picado e voilà! Delícia.

Então… por cortesia de São Pedro e do aquecimento global, está declarada oficialmente aberta a temporada de saladinhas!

E ó, existe vida além do alface + tomate, tá? =)

*post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar

pratos únicos Receitas

Tomate recheado

> A idéia inicial: jantar vapt-vupt com salada de tomate e alface americano, carne seca desfiada temperada com cebola, pimenta e salsinha e arroz.

> O problema: arroz é carboidrato e carboidrato a noite não tá rolando muito aqui em casa.

> A solução: limar o arroz e ao invés de botar o tomate na salada, botar a carne desfiada dentro do tomate com um tantinho de azeite, cobrir com mussarela light, mandar para o forno por alguns minutinhos apenas e servir num prato coberto com alface temperado.

> O resultado: yummy!

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Eu estou saindo uma ótima inventadeira*.

***

É assim que minha avó diz que são as pessoas que inventam muito :)

ideias, dicas e truques Receitas

Queijo & Vinho

Nada como ter um contato direto com o produtor de vinhos (né Clau?) e acesso ao Mercado Municipal de São Paulo, o lugar mágico onde brotam queijos de todas as espécies com precinhos muito camaradas. E já que temos tudo isso, que tal um queijo e vinho com os amigos para comemorar o aniversário da sogra?

Tudo que você precisa saber sobre uma noite de queijo e vinho…

. Calcular a quantidade
Teoricamente o cálculo para receber com uma noite dessas é de 150grs de queijo por convidada e 180/200grs por convidado, isso se você vai servir mais coisas além de queijos (pães, pastas, patês. Já o cálculo da bebida é mais complexo, principalmente se você tiver uma turma como a minha :-) O melhor é fazer amizade com alguém de Bento Gonçalves (né Clau?)…hohoho, assim você garante que estará sempre muito bem abastecido…hohoho
Sempre vale lembrar povo que os vinhos nacionais estão cada dia melhores e os preços são bem convidativos, então não se descabele porque dá pra gastar um valor “humano”. Pesquisar os preços dos vinhos em distribuidoras é sempre uma boa pedida – se consegue bons preços em caixas fechadas.

. Acompanhamentos
Não é porque é queijo e vinho que tem que ter SÓ queijo e vinho (embora também possa). Eu gosto de uma bela cesta de pães e algumas pastas para acompanhar, além de frutas (não cítricas).

Pães: italianos, ciabattas, baguetes, integrais e até o bom e velho pão francês (eu compro um mais compridinho que chamamos de caseirinho). Deixe os pães inteiros e providencie uma tábua e uma faca de pão para que os convidados mesmo cortem.

Frutas: Uva e queijo é uma combinação batuta. Morangos também ajudam a compor uma mesa bonitona.

Patês/Pastas: Não faça nada de sabor muuuito acentuado e dê preferência para bases de queijos cremosos, como o requeijão por exemplo.

Bebidas: Quem bebe vinho tem que beber também água. Providencie uma jarra com água fresca (não gelada). Vai por mim, para equilibrar a sua conta de vinhos, providencie uma bela sangria. Faz muuuito sucesso!

. Tipos de queijos
Depende do número de convidados. Quanto mais convidados, maior a variedade de queijos oferecida, levando em conta o seguinte cálculo:

25% de queijos de mofo branco e azul (Camembert, Brie, Gorgonzola, Roquefort).
50% de queijos tipo suíços e suaves (Gruyère, Gouda, Itálico, Emmenthal, Estepe).
25% de queijos de sabor forte (Parmesão, Provolone, Reino)

. Tipos de vinho
Vinhos diferentes combinam com queijos diferentes. A regra aqui é bem complexa, coisa de entendidos e sommeliers, coisa que a gente não é…hohoho. E que fique claro que eu não manjo nada mesmo de vinho, a não ser de bebê-los em quantidades exageradas e não recomendadas pelo Ministério da Saúde… Mas, a literatura sobre o assunto é extensa e dá pra pesquisar bem antes de fazer as compras. Eu arrisco dizer, como leiga, que para não errar é bom ter pelo menos 3 tipos de vinho, indo do mais suave ao mais encorpado. Espumantes também rolam e acompanham bem os queijos fortes.

. A mesa
Os queijos vão em pedaços inteiros, de preferência dispostos de acordo com sua categoria (suaves, fortes…) – tem que ter faquinhas separadas. Eu adoro frufru por isso providenciei plaquinhas luxo com os nomes do queijo para identificá-los. Sim, porque eu sou muuuuito metida messss.

Eu fiz no computador e imprimi em papel cartão brilhante, cortei, dobrei e voilá!

Se você quiser também dá pra fazer as boas e velhas bandeirinhas para espetar em cada queijo – eu prefiro as plaquinhas.
Frutas enfeitam bem as tábuas de queijos. Tábuas???

Então gata, o “correto” é servir os queijos em tábuas largas mas, veja bem, com grandes quantidades de queijo você vai precisar de muuuuuita tábua porque é preciso que haja espaço entre os queijos para cortá-los e boas tábuas de queijo custam os zóios-da-cara. Sendo assim, faça como eu – inove. Eu servi os queijos em assadeiras de pizza de vidros e um prato de microondas. Sim, sim, sim, ficou muito bonito, funcional e combinou deveras com o serviço de prata que estava acompanhando (eu já falei em luxo aqui? rs).
Então não estresse e garimpe aí no teu armário uma solução alternativa. Boas idéias nascem assim mesmo.

Se você optar por fazer a sangria, sirva-a em jarra de vidro e copos altos. Reserve colherinhas daquelas compridas (como as de sorvete) para que as pessoas que quiserem se sirvam das frutas que ficam no copo.

* post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar

pratos únicos Receitas

Charutos de folha uva

Embora minha família não tenha nenhuma descendência árabe ou síria, até hoje não provei nenhum charuto de folha de uva tão bom quanto o da minha mãe. Quando ela tinha um pouco menos do que a minha idade trabalhava como cozinheira de uma família de origem árabe e foi lá que aprendeu a cozinhar todos os pratos típicos dessa culinária.

Que seu charutinho é bom ninguém em sã consciência discorda (meu marido que o diga! da última vez que ela fez no final de semana passado ele comeu nada menos que 14!), o difícil minha gente é a criatura fazer o trem devagarinho para que eu pudesse fotografar para o Rainhas. A rapidez dela é grande e a fotógrafa aqui é lenta…hohoho, mas fiz o que pude.

Vamos ao passo-a-passo…

Primeiro o recheio: Misture 1 kg de coxão mole (ou patinho ou alcatra) moído três vezes, 2 xícaras de arroz cru lavado e escorrido (antes de escorrer, deixe o arroz de molho por uma horinha), 1 cebola grande ralada, pimenta síria, umas 3 colheres de Tahine, 3 dentes de alho amassados, salsinha picada (ou hortelã se preferir) e sal.

Pegue as folhas de uva que tiverem o talinho muito grosso e corte-os.
Segundo minha mãe, o segredo para um charuto gostoso é escolher as folhas de uva menores e mais novinhas que, segundo ela, são as mais macias. Se você usar somente folhas assim não é necessário ferventá-las.
A quantidade de folhas varia muito de acordo com o tamanho delas. Usando folhas pequenas, esse recheio rende uns 40 charutinhos pequenos)

Separe algumas folhas e forre o fundo de uma caçarola grande (aqui você pode usar as folhas maiores e mais grossas). Pique uma cebola e alguns dentes de alho e jogue por cima. Não se preocupe muito com o tamanho pois essa cebola e esse alho vão desaparecer durante o cozimento.

Agora comece a enrolar…

Com a folha aberta com a parte opaca para cima, coloque o recheio dessa maneira…

Comece a enrolar pelas laterais…

Até que ele esteja bem enroladinho. Cuide para que esteja firme mas não precisa apertar demais. Lembre-se que o arroz ainda vai crescer um pouco…

Agora vá ajeitando os charutinhos na panela de modo que a abertura fique sempre para o lado de baixo e que eles fiquem bem apertadinhos entre eles. Faça fileirinhas e vá dispondo em camadas…

Quando terminar, coloque mais alguns pedaços de cebola, dois tomates picados em rodelas grossas (é só para liberar um caldinho), alguns dentes de alho (pode até ser com a casca com aquela pancadinha básica), regue com bastante azeite, complete com um caldo de carne ou legumes que você já fez (dissolva 2 tabletes em 2 litros de água) e leve ao fogo sem tampar a panela, apenas cobrindo os charutinhos com um prato de louça (isso faz com que eles não boiem) até que fiquem macios e cozidos. Se a água for secando e eles ainda não estiverem no ponto, vá completando com o caldo até o ponto certo.
No final do cozimento não deve sobrar caldo ok?

Transfira com cuidado cada um deles para uma travessa, enfeite com raminhos de hortelã e sirva regado com bastante azeite puro, extra, extra, extra virgem ou então com coalhada seca – nesse caso, deixe à coalhada em uma travessa à parte para que cada um se sirva.

* post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar

de festa pratos únicos Receitas

Raclete


O raclete (no masculino) é um tipo de queijo suiço de consistência média.
A raclete (no feminino) é um prato típico suiço, à base do queijo homônimo. Na sua preparação, o queijo é aquecido e raspado sobre os pratos dos comensais. O termo deriva do francês racler, que significa raspar.

Bem, assim é a raclete original, lá da Suiça, mas por aqui já rolaram adaptações e cada pessoa acaba fazendo da sua maneira.
Primeiro, por aqui rola também com outros queijos além do raclete. A preferência, claro, são pelos queijos do tipo suiço – gruyére, emmental, maasdam – mas também dá para usar estepe, gouda, mussarela… Como eu disse, cada um usa os queijos de sua preferência.
Os acompanhamentos também podem variar, mas o clássico é mesmo com batata, pickles e alguns tipos de frios, geralmente os mais puxados na gordura. Aliás, raclete é um prato gorduroso, não se iluda. Por isso, assim como o fondue, é um prato perfeito para o inverno, também para ser saboreado como um ritual, sem pressa, na companhia de amigos e boas garrafas de vinho.

Eu vou mostrar como é a minha raclete e se você se animar, fique à vontade para montar a sua própria. Afinal, nós estamos bem longe da Suiça, né? =)

É, pra fazer raclete você precisa desse aparelho aí – a racleteira. A minha é elétrica, para 8 pessoas, mas no mercado você encontra opções para 6, 10 e até 12 pessoas.

Há quem leve a batata à racleteira sem o papel alumínio porém com ele, a temperatura se mantém melhor. A batata (média), com casca e tudo foi lavada e cozida com um pouco de sal (lembre-se que a maioria dos queijos já são salgados) e cravos espetados. Depois, é só retirar os cravos, embrulhar no alumínio e deixar na parte de cima da racleteira. Cada um se serve de uma batata (a conta é mais ou menos 2 por pessoa) e vai montando sua combinação de queijos… leva à racleteira, derrete e arrasta para o prato, por cima da batata.

O queijo é a estrela da raclete, por isso é bom caprichar. Se você não encontrar o queijo raclete, não hesite em fazer outras combinações. Mas, lembre-se: dê preferência aos queijos que derretem bem.
Providencie também alguns frios – salame e parma são perfeitos. Aqui eu fui de copa maravilhosa e também de lombinho. Os frios vão na montagem das pás de queijo ou, se preferir, direto ao prato.
Ah! Não esqueça dos pickles – pepino em conserva é fundamental na raclete!

Como eu disse, adaptações existem aos montes e por isso eu também gosto de fazer raclete com tiras de abobrinha ou beringela – ficam uma d-e-l-í-c-i-a com o queijo derretido por cima…hmmm… loucura, loucura, loucura.
Dá pra fazer também com cogumelos portobelo enormes, fundos de alcachofra… ah, tem muita combinação boa pra testar viu?

Se o seu aparelho, assim como o meu, não acompanha as espátulas, você pode improvisar algo ou então vai ter que ter uma irmã como a minha, que é tão fofa, mas tão fofa que me mandou essas espátulas de madeira luxo lááá da Feira de São Joaquim. Desculpa? =)


O grand finale!

Assim… batata + queijo + vinho né minha gente? Fala, tem como isso não ser muito bom? ;)

*post originalmente publicado por mim no Rainhas do Lar

Receitas sopas, caldos & cremes

Sopa de cebola

Não adianta, esse frio pede, implora, clama por uma sopinha bem quente com torradinhas, parmesão ralado, queijinhos mils …hmmm.
São tantas opções que dá pra ir desde a canja basiquinha até minestrones e cremes divinos numa boa, tudo sem muito esforço porque, vamos combinar que fazer sopa não requer muita prática nem tampouco habilidade, certo?

O que dizer então da boa e velha sopa de cebola? Eu digo que ela é uma das minha minhas top 10.
Dá trabalho ralar ou cortar fininho 1 kg de cebola? É dá, mas a sopinha é tããão boa! Além do mais, esse vai ser o único trabalho pesado. O resto, eu garanto, é fácim.

Doura tua cebola já picada ou ralada em bastante azeite, quando ela estiver douradinha vá acrescentando aos poucos 1 colher de sopa de farinha de trigo peneirada (aos poucos para não empelotar!). Depois, é só botar uns 2 litros de caldo – pode ser de legumes, de carne, de frango (se for usar o de caixinha, para essa quantidade de água uns 2 tabletinhos está de boa). Acerte o sal (cuidado, se o caldo for de tablete já tem um pouco de sal) e uma pimentinha branca moída.
Deixe ferver até reduzir bem e o caldo dar uma engrossada. No final, junte uma caixinha de creme de leite, salpique cebolinha bem fininha e pode servir com torradinhas de sua preferência.

Se quiser o luxo, forre cumbuquinhas (que possam ir ao forno) com pão italiano, encha com sopa, salpique lascas de parmesão e leve o forno para gratinar.
Se for fazer assim, reze e peça perdão porque você vai pecar comadre. Ah, se vai!
Esqueceu que gula é pecado? ;-)

acompanhamentos Receitas saladas

Tabule

tabule

tabule

Lava duas xícaras de trigo e deixa de molho por uma horinha. Pega um pano de prato impecavelmente limpo, joga o trigo lá, faz uma trouxinha e aperta, aperta, aperrrrrta até sair toda a água. Bota numa travessa bonitona.
(deixar o trigo de molho faz ele ficar macio)

Pica tomate verde e vermelho em cubinhos, ambos sem semente (semente de tomate não rola tá comadre?), pega um pepino japonês, descasca, parte no meio, tira as sementinhas (elas fazem criar aguinha) e pica em cubinhos iguais os tomates (hohoho…sou cruel), se você for de cebola pica uma beeeem picadinha, bota salsinha picada, arranca uma porção generosa de folhas de hortelã da tua horta (o que? você não tem uma horta?) e pica com a mão mesmo (nada de faca na hortelã) mas deixe um raminho para enfeitar a travessa depois.

Mistura tudo isso lá na travessa bacanona com o trigo, tempera com muito limão, azeite, sal e pimenta síria moída.

Quem não gosta de pepino pode abolir e deixar só o tomate. As vezes eu coloco alface picadinha também, mas só serve se for fazer e servir direto senão o alface murcha.

Uma salada diferente para dar uma variada. Leve, gostosa e light.
Com pãozinho sírio também vai muito, muito bem.

* post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar

reaproveitamento Receitas

Res’dontê

Uma de minhas maiores especilidades na cozinha é produzir gororobas recicladas. Isso porque eu simplesmente detesto comida requentada. Sabe aquele macarrão que o povo esquenta tudo junto, molho e massa, direto na panela? Aquilo que dá arrepios!
Por conta dessa aversão criei o dom de desenvolver novas comidas a partir de velhas comidas e minha maior especialidade é o Res’dontê, prato muito fino inspirado na culinária francesa (hohoho) feito com arroz velho.

Existem muitas maneiras de fazer o Res’dontê e a forma mais tradicional dele leva o nome pimpão de arroz à grega e pode ser nada mais nada menos do que o bom e velho arroz pronto reciclado. Eu faço um refogado com cebola, cenoura raladinha, pimentão verde e vermelho em cubinhos, ervilha, milho e o que mais tiver dando sopa na minha geladeira. Faz o refogado, junta um tablete de caldo de legumes, espera cozinhar mas não deixa secar completamente e junta no arroz.
Pronto! Arroz à Grega com cara de novo. Existe uma variação que eu faço com curry ou açafrão… depende do meu estado de espírito….hohoho. Nesse caso, é só juntar um dos dois no refogado. Just it.

Outra versão, a minha preferida, você faz pegando o arroz velho e misturando nele ovos batidos com sal, salsinha, cebolinha (como se fosse para fazer uma omelete), queijo ralado (parmesão se tiver, senão manda bala naquele de saquinho mesmo), mistura tudo, bota numa travessa, cobre com fatias de mussarella e leva ao forno só o tempo suficiente para cozinhar o ovo e derreter o queijo. É importante que o ovo seja suficiente para envolver bem o arroz e deixá-lo bem molhado para que os grãos não ressequem no forno tá?

No mesmo estilo dá pra fazer Res’dontê dourando bastante cebola picadinha na manteiga (dá pra fazer com um pouquinho de açucar queimado também que fica delicious), joga lá dois ovinhos, faz um mexidinho, tempera com sal, pimentinha branca, muita salsinha e cebolinha, mistura tudo ao arroz, põe mais um pouco de manteiga e leva ao forno para esquentar.

Assim como o Res’dontê tem inspiração na França, o Soborô é a sua versão oriental e segue a mesma linha. Sabe o arroz velho e o franguinho que sobrou? Vira Soborô de frango, uma espécie de risoto pobre. O mesmo vale para sobras de carne de panela que, misturados ao arroz e com um pouco de criatividade ficam ótimos como Soborô ou ainda se acrescentado farinha de milho ou mandioca dão vez a uma deliciosa farofinha.

A ordem minha gente é reciclar.

* post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar

antepastos e conservas Receitas

Antepasto de beringela da Faby

antepasto de berinjela

antepasto de berinjela

Sem dúvida, depois do risotto essa é a minha receita que faz mais sucesso. O povo gosta tanto que até gente que torcia o nariz para beringela se rendeu após provar essa delícia de antepasto.
Ideal para acompanhar um pãozinho (de preferência italiano) ou torradinhas, essa receita é perfeita para você ter em casa como coringa porque ela faz bonito no seu jantar italiano com vinho ou no bate papo regado a cerveja. Para o carnaval já preparei uma receita para acompanhar as caixas de cerveja que me aguardam…hohoho.

No meu já tradicional problema quantidades, vou passar o que usei para fazer esses dois vidros da foto ok?

Descasque 2 beringelas grandes e corte fatias no sentido do comprimento. O ideal é que sejam fatias bem fininhas tá? Depois, acomoda as fatias uma em cima da outra sob uma tábua e corte em tirinhas, também no sentido do comprimento. Vá acomodando as tirinhas já cortadas em um escorregor de macarrão e intercalando as camadas com bastante sal. Vamos explicar…
Você não vai cozinhar essa beringela e esse processo do sal é que vai fazê-la reduzir e soltar aquela água escura, por isso o uso do escorredor sacou?
Ok. Você faz isso com as 2 beringelas e deixa lá no sal por umas duas horinhas.

Em uma panela você coloca azeite honesto, bastante alho picado em pedaços grandes e umas duas cebolas em tiras. Deixa dourar, mistura um pimentão verde e um vermelho cortados em tirinhas também (o pimentão é opcional tá? eu usei dessa vez mas também faço apenas com a beringela). Refoga e acrescenta meia xícara de vinagre branco ou vinho. Espera o álcool evaporar, junta um punhado de alcaparras, folhas de louro, uvas passas brancas e pretas sem semente, azeitonas picadas, pimentinha de cheiro sem semente picada e bastante orégano. Refogue tudo até que os pimentões estejam cozidos.

Enquanto esse refogado está no fogo, pegue sua beringela que a essa altura já soltou bastante água e lave bem em água corrente – é importante lavar bem tá?
Em um pano limpo, coloque a beringela e aperte/esprema até tirar toda a água que restou. Deslique a panela do refogado e junte lá a beringela.

Espere esfriar, coloque em um vidro e cubra toda a beringela com azeite, cuidando para que não fique nada fora do azeite para que não embolore.
Pronto! Agora é só guardar na geladeira e tirar sempre um pouco antes de servir.
Conservando sempre coberto com azeite esse antepasto dura bastante tempo mas, vá por mim, uma receita dessa não dá nem para o cheiro!

Ah! para fazer o frufru das tampas dos vidrinhos eu usei quadrados de juta colado na tampa com cola quente e finalizei com um lacinho de barbante.
Eu sou muito fina né não? ;-)

Bom Carnaval para quem é da folia! Até quarta!

arroz & risotos Receitas

Risoto al funghi secchi

(foto: Belíssimo Paladar)

Finalmente a minha receita que é campeã de pedidos, mas antes vamos fazer umas observaçõezinhas básicas a respeito do preparo de risottos, óuraite?

. Risotto deve ser feito com arroz próprio, que tem os grãos arredondados e mais firmes e liberam amido na medida certa durante o cozimento.
Não adianta tentar usar o bom e velho agulhinha pois a consistência ideal para um risotto você jamais vai conseguir utilizando esse tipo de arroz. Nem mesmo o processo de preparação pode ser igual pois no preparo do risotto com arroz próprio o cozimento é feito lentamente, adicionando concha a concha o caldo para que o grão absorva o caldo e libere o amido. Não dá pra fazer assim usando arroz comum.
Mas nem precisa fazer cara de espanto e nem dizer que já começou complicado. Nananinanão! Hoje em dia você encontra arroz arbório em qualquer supermercado grande, até mesmo da marca Tio João e o preço pode parecer um pouco salgado mas é bom você saber que esse arroz rende horrores.
Eu uso o arbório mas dá para fazer com o carnaroli também.

. Risotto não é sinônimo de papa okey? Utilizando o arroz certo e sabendo identificar o ponto correto do arroz, o resultado é um prato cremoso e cremosidade é tudo em se tratando de risotto.

. Risotto tem que ser servido quente. Do fogão direto para a mesa sem etapas intermediárias. O mesmo amido liberado no cozimento e responsável pela “liga” supimpa que faz o prato ficar cremosinho e delícia não pega nada depois de frio. O mesmo acontece com o parmesão que você vai utilizar.
Algumas receitas já ensinam a fazer o risotto em etapas parando um pouco antes de se atingir o ponto certo do arroz para só finalizar no momento de servir. Na boua? Eu nunca tentei. Acho que o legal do risotto é justamente essa coisa de fazê-lo ali, na hora. Então a minha dica comadre se você for servir risotto é deixar os ingredientes todos prontos (o tal do mise en place), se for fazer o caldo e não utilizar os de caixinha, também já deixe pronto. Leve seus convidados para a cozinha, sirva um vinho e comece a conversa já na beira do fogão. No fundo no fundo essa é a melhor parte ;-)

. Um prato como esse dispensa acompanhamentos então para que economizar nos ingredientes? Você não vai querer botar uma receita boa dessa a perder por causa de um parmesão vagabundo vai? Nos ingredientes básicos invista em um parmesão de boa qualidade, capriche no vinho (vinho para comida tem que ser tão bom quanto o que você toma tá?), manteiga de verdade da boa, pimenta branca, de preferência moída na hora (faz diferença sim comadre!)… Detalhes que vão te transformar na rainha do risotto, título que já é meu by the way…hohoho

. Tá com pressa? Não faça risotto. Risotto é feito lentamente. Não acredite que acrescentar logo 3 conchas de caldo dá no mesmo que botar uma a uma. Desfrute o prazer de preparar a comida companheira… Vai por mim, isso faz toda diferença.

. Com esse preparo básico que eu vou passar dá para fazer zilhões de risottos diferentes pois a base quase sempre é a mesma, mas leve em conta o seguinte – se o ingrediente que você for acrescentar já estiver cozido ou não necessitar disso (como por exemplo tomate seco, presunto parma e alguns frutos do mar) só coloque no finalzinho. O mesmo vale para as folhas (rúcula, agrião, etc).
Se você vai inventar de botar um ingrediente da sua cabeça basta usar o bom senso e levar em conta o tempo de cozimento do ingrediente e mandar bala. Como eu disse, a base é versátil e dá para usar muito a criatividade.

Ok, ok… então chega de blá blá blá e vamos à receita. Como todo mundo que frequenta esse blog já está careca de saber, eu não sou muito ligada em quantidades mas vou passar o que uso para fazer o prato para 4 pessoas certo?

Refogue uma cebola ralada em metade de um tablete de manteiga, quando estiver douradinha acrescente umas duas xícaras de arroz (nem preciso dizer que não é pra lavar esse arroz né?) e dê uma leve fritada nesse arroz com uma ou duas (vai do gosto) xícaras de vinho branco seco (também dá pra usar o tinto que na minha opinião fica mais cheiroso e acentuado). É só esperar o álcool evaporar e começar a acrescentar concha por concha o caldo que já está lá na outra panela fervendo em fogo baixo.
Nesse momento pode abaixar o fogo e ir completando o processo dessa forma: botou a concha de caldo, vai mexendo e esperando o caldo ser absorvido. Assim que reduzir (não precisa esperar o caldo secar completamenbte) bota outra concha e assim vai.

Até aqui é o procedimento básico para quase todos os tipos de risotto. Lembre que no final, já com a panela desligada, sempre será incorporado o restante da manteiga e o parmesão que eu prefiro comprar em peça (umas 200/300 gramas) e ralar. Uso uma parte ralada no final e faço uma outra parte em lascas e deixo na mesa para que cada um se sirva se quiser.

No caso do funghi é preciso reidratá-lo uns 15 minutinhos em água quente antes e colocá-lo lá pela metade ou mais do cozimento. O funghi deve ficar macio mas firme – sim, isso existe e quer dizer que não é para ele ficar lá cozinhando junto com o arroz o tempo todo certo? Com o tempo você vai saber exatamente o momento certo de colocá-lo – a prática leva à perfeição, tá ligada né? ;-)
Outra coisa, eu gosto de pedaços grandes de funghi por isso só pico grosseiramente mas aí vai do gosto, se quiser picar mais picadinho fique à vontade.

Bem… acho que é isso. Provavelmente eu esqueci de alguma coisa…hohoho… porque esse post ficou imenso e eu sou meio atrapalhada quando precisa passar uma receita assim, bonitinha, certinha. Então, se você tiver alguma dúvida deixe no comentário que eu tento, na medida do possível e da minha modesta experiência, te ajudar.

Bon apetit!

upideite: Esqueci de dizer que no final você bota uma pimentinha branca moída na hora que fica maravilhoso.

upideite 2 (respondendo a pergunta da Cintia por e-mail): o tablete de manteiga é aquele grande, de 200gramas. Eu amo manteiga Aviação mas o importante é que seja manteiga manteiga e não aquelas que existem agora que são metade manteiga e metade margarina tá?

upideite 3: Sim, dá para fazer com espumante no lugar do vinho, inclusive tem um risotto show feito com champagne, queijo e só. Simples, honesto e delicioso.

* post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar

Receitas sobremesas

Mousse francesa de chocolate

Para fechar sua ceia com chave de ouro, a melhor pedida é essa receita francesa de mousse de chocolate meio amargo. Facílima de fazer e deliciosa – melhor combinação não há.

Derreta 300gr de chocolate meio amargo em banho maria. Bata 5 gemas com uma xícara e meia de açucar até o ponto gemada. Acrescente uma lata de creme de leite com soro e o chocolate derretido e bata novamente. Depois, você junta as 5 claras batidas em neve e mexe delicadamente com uma colher furada, para encorporar.
Ajeite na travessa e jogue raspas de chocolate por cima. O resto da decoração fica por sua conta, pode acrescentar cerejas que também fica lindo. Se quiser servir em tacinhas individuais, no problem. Jogue as raspinhas em cada tacinha e finalize com chantilly.

Enjoy!

Feliz Natal para você!

* post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar

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