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“Minha receita, minha história” por Dani Falcão

A vida nos prega peças o tempo inteiro… O primeiro Natal que tive com meu marido e minha filhotinha de 6 meses, em 1995, vai ficar para sempre na história da nossa família. Por toda a celebração em si eu já estava muito feliz, pois estava formando a minha família, era nosso 1º Natal, só nós três!

Era véspera de Natal, estávamos em um supermercado para fazer compras rotineiras, e no caso eu dispunha de muito pouco, ou seja, nada de frutas natalinas, pão para rabanadas, perú,… apenas o necessário.

Meu marido teve que ir ao estacionamento e eu fiquei nas seções, analisando o que era prioridade, o que era possível, o que era sonho, o que seria a realidade, coisas de virginianos, rsrsrsrs, pessoas práticas, com o pé no chão, mas que levam a esperança na ponta do pensamento.

Foi neste momento, em que passando pela seção dos azeites (eu não podia comprar, mas podia olhar!), me deparei com uma nota de R$ 50,00 bem dobradinha caída embaixo da prateleira. Minha reação imedita foi procurar pessoas por perto, devolver. Ninguém, nenhum aflito, nada feito. Então foi com esta nota perdida que começa a história das receitas da Ceia de Natal da minha família.

Eu tinha 21 anos, sempre gostei muito de me enveredar pelas mágicas das panelas, mas era a 1ª vez que seria responsável por executar tudo! Bati os olhos numa bancada de bacalhau, peguei um daqueles folhetos com receitas, já estava resolvido o prato principal. A rabanada, aquela que eu amo com todas as minhas forças seria a sobremesa, mas, o leite condensado estava ao lado do creme de leite, e naquela lata tinha uma receita de mousse de nozes, uau, frutas natalinas!

Foi assim, que juntando todos os “merréis”, eu ainda agarrei uma garrafa de vinho branco e rumei para o acerto de contas, rsrsrsrsrs.

Quando meu marido retornou, deu de cara com as compras e me olhou incrédulo, já pensando como eu pagaria por aqueles devaneios?!

Meus olhinhos alegres e mansos lhe passaram muita calma e minhas mãos lhe mostraram a nota de R$ 50,00. Entrando no carro lhe contei o que havia acontecido e desde então, a Ceia Natalina tem se perpetuado com estas receitas. Já me vejo velhinha, contando como foi nosso 1º Natal em família!

Bacalhau

Ingredientes:
1kg de bacalhau demolhado e limpo
1 1/2 xícara (chá) de azeite de oliva
2 colheres (sopa) de salsa picada
2 pimentões, vermelho/ amarelo sem sementes, fatiados ao comprido
6 tomates sem pele e sementes
6 batatas cozidas e cortadas em rodelas grossas
12 dentes de alho fatiados finamente
4 cebolas fatiadas à julienne
Sal à gosto, se necessário.

Modo de preparo

Separe o bacalhau em pedaços grandes e reserve.
Doure o alho em ½ xícara (chá) de azeite de oliva, depois acrescente o tomate, o pimentão e a salsa. Use frigideira com Teflon.
Doure a cebola em ½ xícara (chá) de azeite de oliva em fogo baixo. Use frigideira comum.
Forre um refratário com as batatas (fundo e laterais), depois a camada de cebolas, o bacalhau, e por último o molho de tomates com pimentão.
Regue com o azeite restante. Leve ao forno médio (pré-aquecido) por 30 minutos ou até a batata dourar e sirva.

Mousse de nozes

Ingredientes:
1 envelope de gelatina sem sabor e incolor
1/2 xícara (chá) de água fria
1/2 xícara (chá) de água fervendo
3 ovos
1 xícara (chá) de açúcar
1 xícara (chá) de creme de leite sem soro
1 xícara (chá) de nozes trituradas
Nozes inteiras para decorar
Preparo:
Ponha a gelatina de molho na água fria
Adicione a água fervendo e dissolva bem
Bata as gemas com o açúcar até formar uma gemada bem clara, junte o leite e leve ao fogo baixo, mexendo sempre (gosto de usar o fouet) até engrossar, cuidado para não queimar.
Tire do fogo e junte a gelatina e o creme de leite. Misture bem.
Bata as claras em neve e misture suavemente ao creme.
Por fim, junte as nozes trituradas, com delicadeza, e ponha em forma de alumínio (molhe a forma com água fria e dê umas batidinhas, não seque.
Leve à geladeira até ficar bem firme. Desenforme e enfeite com metades de nozes e à parte uma calda de chocolate.

Para a calda de chocolate com água
Numa panela, misture 1 xícara (de chá) de água, 1/2 xícara (de chá) de cacau em pó e 1/2 xícara (de chá) de açúcar.
Leve em fogo médio até ferver e engrossar levemente.

P.S. O mais engraçado é que amanhã completo 37 anos (29/08) e nunca arranjava tempo para escrever as tais receitas, rsrsrsrs.

 

Essa história fofa (e duas receitas delícia) foi enviada pela leitora Dani Falcão. E você, também tem uma boa história e uma boa receita para compartilhar? Manda pra mim! faby(arroba)pimentanoreino.com.br

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Coxas agridoces

Minha parte do frango preferida é uma que ninguém se importa muito: a asa. E se forem assadas com esse tempero então, adoooro – abro mão de qualquer carne “nobre” por uma assadeira de asinhas agridoces, pra comer com a mão, sem pressa.  Só que lá em casa vale a ditadura do peito de frango – única parte que o marido come do dito cujo e, consequentemente, minha escolha mais certeira no hora das compras.

Só que ninguém merece comer só peito, que por sinal (assim como o filé mignon) é o corte que menos gosto do frango, e afinal eu também sou filha de Deus, certo? De modos que iniciei uma pequena revolução lá em casa para botar abaixo essa “ditadura peitoral” e me joguei com fé nessas coxas, que ficam excepcionalmente gostosas com esse temperinho…

Para variar e temperar o frango de um jeito diferente, acrescente ao tempero páprica picante e mel. O restante pode ser o que você usa sempre – alho, limão, sal, pimenta, ervinhas… basta incluir a páprica e algumas colheres de mel para fazer toda a diferença no franguinho banal do dia-a-dia. As quantidades variam pelo tamanho do frango e pelo teu paladar, mas leve em consideração que nenhum dos dois sabores deve se sobressair – o resultado final deve ser uma carne levemente picante e com um toque adocicado. Para 5 coxas usei 1 colher (chá) de páprica (mais poderia ter sido mais até) e 3 colheres sopa de mel.

A sugestão vale também para a churrasqueira. No próximo churrasco, experimente temperar assim drumets de frango (as coxinhas da asa) – além do seu tempero básico, capriche na páprica, junte também pimenta calabresa, seja generosa no mel e leve tudo à grelha (na parte de cima da churrasqueira, para assar devagar) até ficar lindamente dourado. Vai ser um arraso, garanto :)

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Carne assada com batatas

Cada um tem sua própria receita de carne assada né? Tem quem goste de marinar a carne (eu mesma gosto), tem quem faça direto na assadeira, tem quem use outros legumes… é aquela receita clássica que encontra diversas variações Brasil afora e que permite que você também crie as suas numa boa.

Aqui eu decidi fazer o prato de última hora, portanto dispensei a marinada. Primeiro, temperei a carne (usei maminha) com sal grosso e pimenta do reino moídos. Levei para a panela (essa vai direto ao forno) e selei bem dos dois lados. Juntei um pouco de vinho branco e pétalas de cebola e deixei dourar mais um pouco. Tampei a panela e levei ao forno médio pré-aquecido por uns 40 minutos.

Quando a carne já estava macia, juntei as batatas, cebola roxa, tomilho e alecrim e voltei para o forno até que a batata cozinhasse. Minha ideia era preparar uma salada com as vagens que já haviam sido cozidas no vapor, mas no meio do caminho mudei de rota e inclui a vagem na carne – como ela já estava cozida,  juntei por último, mas ela poderia ir ao forno junto com a batata sem problemas, assim como cenoura, ervilha torta, pimentão… eu uso o que estiver afins, já que carne assada pra mim é um prato sem muita disciplina (e tem algum assim? rá!).

O resultado é aquele prato imbatível – carne macia e suculenta (nada de forno altíssimo tá? que é pra ela não esturricar), batatas cozidas al dente e um caldinho delícia que se forma na panela/assadeira, resultado da cebola que ajuda a caramelizar e dá uma cor linda.

A fome louca me fez esquecer de fotografar o prato montado (cadê o chicotinho?) mas é aquela coisa né, fatie a carne lindamente e sirva com o acompanhamento perfeito: arroz branco, muito fresco e só.

Eu ♥ carne assada :)

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Salada verde com “bombom” de ricota

Se você já se jogou com força em uma dieta, com certeza também já apegou com toda a fé do mundo na boa e velha ricota. Ricota tem cara de dieta, não tem?

Só que não é porque ricota é aquela coisa meio sonsinha que ela precisa ter a mesma cara de sempre. Nesta salada por exemplo, ela aparece em formato de “bombom” para fazer uma graça (e vamos combinar que chamar bolinhas de ricota de bombons é uma licença suuuper poética, néam? adoro!) e também para agregar sabor à salada – é, meu bem, sabor.

E sabe como? Temperando bem a ricota, oras! Aqui ela foi misturada com queijo cottage (gente, se ricota é sem graça, o que dizer do queijo cottage, pelamor?), bem misturadinha pra ficar bem homogêneo e depois um tanto generoso de azeite extra virgem, sal, pimenta moída na hora e folhinhas de manjericão, mexe bem. Foi! É só fazer bolinhas e passá-las pela mistura que mais lhe agradar – eu fui de sementes de papoula e gergelim preto e torrado mas ervinhas frescas, secas e outros grãos como linhaça e semente de girassol também ficam delícia.

Alface, rúcula, pimentão vermelho e manga completaram o prato, que foi temperado com azeite, limão e mais um pouquinho de sal.

Saladinha gostosinha, ligeira e engraçadinha. E um brinde à ricota e ao diminutivo! =)

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Filé de frango crocante

A Unilever Food Solution me convidou para criar uma receita especial para a Fan Page deles no Facebook. Como eu acredito sinceramente que as coisas mais simples quase sempre são as mais especiais, aceitei o convite com uma receitinha muito fácil e bem caseira (que minha mãe aliás faz como ninguém) – uma variação gostosa do filé de frango do dia-a-dia.  Porque né… eu já falei que ninguém merece comer frango sempre com a mesma cara, não é mesmo?

Então, se você quiser conferir a minha receita é só correr lá na Fan Page da Unilever Food Solution. Pode usar esse atalho aqui ó :)

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Espetinho de frango à moda Thai

(foto: Adriana Oliveira)

O tema do Rangocamp desse ano era Churrasco, só que o desafio era justamente propôr novas ideias e receitas que pudessem ser preparadas na churrasqueira ou como acompanhamento nesse tipo de refeição. E um dos meus pratos foi esse espetinho de frango com pegada thai, super fácil de fazer mas que dá outra cara para o espetinho clássico, aquele feito no palito.

O maior pulo do gato começa justamente nesse ponto – aqui, não tem palito de churrasco! o espetinho é montado em ramos de alecrim, o que já confere uma cara nova e, melhor de tudo, traz um aroma incrível para o seu churrasco.

Para o frango, usei peito orgânico picado em cubos grandes e temperados em uma marinada de um dia apra o outro com: raspas (só a parte colorida, pelamor!) e suco de limão, sal grosso moído na hora, gengibre ralado, curry em pó, pimenta dedo de moça picada com semente e um pouco de óleo de gergelim (mas pode ser azeite também), tudo na base do olhômetro e do gôsto – eu gosto muuuuito de curry e de gengibre e por isso capricho nos dois ingredientes, mas se você não é habituada a temperos super fortes, pode ir devargzinho, um pouquinho de curry, um tantinho só de gengibre pra perfumar, pimenta na tua medida… Mistura todos os ingredientes da marinada, coloca em um saco plástico, junta os cubos de frango, fecha bem e deixa na geladeira (virando de vez em quando o saco) até o dia seguinte.

Para a montagem dos espetinhos usei: cubo de frango, pimentão vermelho, pimentão amarelo, cebola e cubos de abacaxi. Tudo, como já disse, montado no alecrim – não tem mistério não, basta escolher um alecrim bem forte, com ramos compridos.

O resto é simples – levar para a churrasqueira, na parte de cima, para assar lentamente e sem ressecar. Sirva depois que o marido já tiver fatiado a picanha de sempre, só pra você arrasar mooooito, manja? Rá! Porque ó… aposto que o marido e os convidados vão amar, vai por mim :)


(para assar os espetinhos, use uma grelha como essa, para que você consiga virá-los facilmente – foto: CineBistrot)

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Salada mediterrânea de grãos

Dias corridos por aqui – trabalho de mais e tempo de menos – por isso minha aposta tem sido em pratos rapídos que rendam um jantar e o almoço do dia seguinte.  Só que comida requentada… blé! Eu ando muito enjoada pra encarar um microondas no almoço, e já que o clima anda colaborando, investi nesse prato frio e completo.

Nesta saladinha tem grãos (usei o Ráris 7 cereais integrais), a proteína do frango (sobrinha de peito, desfiada e temperada com alho, cebola, sal e pimenta), tomate cereja, azeitonas, ervilha e uma erva fresca.  Prato único, saudável e saboroso. Precisa mais?

Basta misturar os grãos já cozidos com o frango e o resto dos ingredientes (que podem ser o que você tiver à mão), temperar tudo com azeite extra virgem, limão, sal, pimenta dedo de moça picada e coentro fresco (com manjericão fica ótimo, mas eu estava afins do frescor do coentro), mexer bem e servir. E dá para comer no escritório numa boa, sem precisar esquentar e nem apelar para o delivery :)

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Gravlax

Eu já tinha postado aqui a receita do gravlax que costumo fazer quando tem um petit comité em casa. Gosto desse prato porque ele é simples e rápido (apesar do tempo que ele leva pra ficar pronto), super gostoso e perfeito para um belisquete assim mais glam.

Esse eu levei para a degustação da Love Weiss 2.0, em uma reunião das Maltemoiselles na semana passada. A harmonização com a Weiss foi perfeita, mas também… essa é uma cerveja meio coringa, que vai bem com quase tudo. Independente disso, consegui mais um casamento perfeito e a quarta harmonização bacana – tô gostando disso, sabiam? ;)

Para acompanhar, providenciei o mesmo molhinho que vocês encontrarão na receita, mas deixo aqui outra sugestão que já testei e aprovei – creme azedo. Para acompanhar o salmão fica muiiiito bom também.

Aqui, o passo-a-passo… não disse que era simples?

foto do título: Ingrid Calderoni

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Raclete com polenta brustolada* da Clau

Pois é… lamentavelmente o inverno 2011 está aí, batendo na nossa porta e, nem bem chegou, já deu pra sentir que vem frio nervoso por aí.

Bem, eu digo lamentavelmente porque todo mundo sabe que detesto frio e sou uma criatura que adoraria hibernar durante o outono e inverno, mas uma coisa eu tenho que admitir: comer no frio é uma coisa muito da batuta :) É engordativo, mas que é bão… é!

E uma das (poucas) coisas boa do frio é essa aí ó: raclete. Ave Maria! É programa daqueles para, no final, você ir embora rolando, manja? Esse da foto rolou na casa da Clau, para receber a Si e, novamente, nós enfiamos os pés, as mãos e tudo mais na jaca.

Como se não bastasse a gordice normal do prato – queijo + batata + vinho em abundância – a Clau, que de santa não tem nada, introduziu (ui!) a polenta na raclete, nessa versão “brustolada” (*gente, esse verbo só existe no RS e, ao que tudo indica, só serve para polenta, não adianta… hohoho #dontask) e aí foi que a coisa desandou de vez. Virou tradição agora – raclete TEM que ter polenta e, consequentemente, mais 7.896 calorias.

Gostou da ideia? Pois eu já ensinei como preparar uma raclete aqui ó.  E ó… se aí nas suas bandas também está esse frio de doer, correr preparar a sua! Sucesso garantido, juro ;)

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Paella de frutos do mar

Vamos lá, antes de começar o post da paella vocês vão me prometer não entrar numas, ok? Digo isso porque toda vez que a gente posta uma receita típica ou muito tradicional, sempre aparece aquela turma “do contra”, manja? Que o original isso, que o clássico aquilo … e em pouco tempo lá estou eu, arrependidaça e com vontade de deletar o mundo.

Oras, quem frequenta esse blog já deve ter uma coisa em mente – esse blog não é de gastronomia, não é uma bíblia culinária e não é escola pra nada. Aqui, fica registrado o que rola na minha cozinha, lá na minha casa, no lugar onde reina o que EU quero e COMO eu quero, e não em um restaurante que precisa se ater a métodos, ingredientes e tudo mais. Logo, é de se esperar que apareçam por aqui minhas próprias interpretações de receitas clássicas, tradicionais – sim, porque eu não acredito em versões absolutas (okey, vá lá…talvez só da feijoada) e sim em olhares diferentes, em cozinha de improviso, de momento, de adaptações – muitas aliás jamais aceitas por grandes cozinheiros ou por aqueles que se dizem (ou se julgam) detentores da sabedoria suprema.

Uma vez lá no Rainhas, coloquei uma receita ou uma foto, não me lembro, de um almoço temático que uma amiga fez. O tema era comida baiana, feita por uma paulista e com toda licença poética e prática que isso representa. Resultado – muita gente dizendo que estava errado, que não era assim, que isso e que aquilo. Mas gente! Se a comida é tua, você tem o direito de fazer como quiser, de chamar como quiser!

Aconteceu inúmeras outras vezes, com gente pitacando no meu carbonara, no nome do pudim da Katita… enfim, sempre vai ter alguém achando que aquilo não está correto ou que existe uma maneira mais “certa” de fazer… mas né, vamos tentar sempre entender que em um blog – ou pelo menos em um blog que não se pretende escola de nada – você vai encontrar apenas e tão somente o jeito do outro – esteja ele certo ou errado. Ponto.  Se você precisar de receitas originais, técnicas corretas ou mesmo se for uma parada acadêmica, com toda a necessidade que isso representa, vale a pena consultar fontes específicas.

Bom, falei mais do que a mulher da cobra, eu sei… mas as vezes é bom a gente bater esse papinho, alinhar expectativas, trocar figurinhas… afinal, nós estamos aqui é pra isso mesmo, não é? E para quem está chegando por aqui agora, já é bom saber o que esperar: a cozinha da Faby – às vezes errada, muitas vezes louca e quase nunca perfeita, mas sempre feita com a melhor das intenções ;)

Então, sem mais lenga-lenga, aqui vai a minha receita de paella de frutos do mar, que ó… é boa a beça :)

Para começar, você deve usar uma paelleira, ou seja, uma panela como essa aí da foto, própria para fazer paella. Mas daí a comadre vai me dizer “mas, Faby, eu não tenho esse diabo dessa paelleira, então não posso fazer paella?”. Então, minha gente, a minha resposta é: não sei. Rá! Verdade! Eu nunca vi uma paella feita em outra coisa que não fosse essa panela própria, então não saberia dizer como substituí-la. Qual a diferença dessa panela? Basicamente ela tem uma superfície grande e não é alta nas laterais, ou seja, é uma panela que lembra bastante uma frigideira, só que maior. Sendo assim, até arriscaria dizer que, se você tem uma frigideira bem grande (como uma minha que é enorme), talvez consiga fazer paella nela, mas certeza, certeza mesmo… eu não tenho não. De modos que, se alguém aí tiver alguma dica, estamos prontos para ouví-la, ok?

Bom, paelleira (já vi grafado como paellera também) em mãos, aqueça nela 5 colheres (sopa) de azeite e doure 1 cebola picada e uns 3 dentes de alho picadinho, junte 1 xícara de pimentões picados (usei basicamente amarelo e um pouco do vermelho – evite o verde, ok?) e uns 4 tomates sem pele e sem semente picadinhos e deixe que tudo dê uma ligeira cozinhada. Nesse momento junte umas 200gr de ervilha fresca (eu esqueci e tive que apelar para a latinha, que definitivamente não é a mesma coisa).

Agora, comece a juntar os frutos do mar – você vai precisar de 500gr de camarão sem casca, 200gr de vôngole,  200gr de mexilhão, 200gr de polvo limpo e cozido e 200gr de lula limpa em rodelas. Acrescente mais ou menos 1 copo de vinho branco seco e deixe evaporar um pouco. Complete com caldo de peixe (eu usei as cascas e cabeças do camarão para fazer um caldo delicioso) até quase a borda da panela e deixe ferver.

Quando começar a ferver, junte 2 xícaras de arroz, espalhado em toda a panela. Sobre o arroz: a receita original é feita com arroz Bomba, nem sempre fácil de encontrar, então eu sempre vou de agulhinha mesmo.

Nesse momento, acerte o sal e coloque o açafrão – eu usei os pistilos, mas se você quiser usar a versão em pó deve dar mais ou menos umas 2 colheres de sopa.

Cozinhe por mais ou menos 20 minutos, acrescentando mais caldo se for necessário durante esse período. Decore com tiras de pimentão vermelho e frutos do mar – camarões e mexilhões com casca por exemplo (eu não tinha camarões enorrrrrrrrrrrmes pra decorar, ó que chato?) e salsinha picada.

Esse é aquele tipo de prato para servir assim que fica pronto – pá-pum, sabe? Então, fazer paella é legal para envolver a família, os convidados… faça um bom mise en place, abra um vinho e deixe todo mundo em volta da panela, esperando o momento de saborear essa delícia.

Ah! Eu gosto de paella com azeite do bom (vale a pena investir em um especial para a ocasião), regado no prato … e gosto da raspinha que fica no fundo da paelleira, quando forma aquela crostinha, sabe? Afff, tinha alguma chance de uma maníaca por arroz como eu não curtir um prato desse? Ainda mais com frutos do mar, que também são minha paixão?

Paella é coisa de Deus, minha, gente! E que Ele abençõe os espanhóis, que inventaram essa maravilha!

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Camarão cremoso gratinado

Quem manda a receita é a leitora Kalina Lima que, como vocês podem notar, mesmo com condições pouco favoráveis em uma residência de universidade arrasou lindamente com esse prato escândalo – e que me deu muita boquinha e vontade de camarão urgente!
(Kalina, minha flor, eu li em algum lugar você dizer que não tinha muito talento para a cozinha é? tá louca?).

Quando eu cozinho minha filosofia é para não usar mais do que duas panelas. Na maioria das vezes é apenas uma mesmo. Gosto de, quando vou comer, já ter o máximo de coisas limpas. Eu moro em hall de residência da universidade, faço minhas refeições no meu quarto, e minhas instalações culinárias se limitam a uma prateleira na geladeira, uma prateleira no freezer e duas portas nos armários da cozinha. Ali armazeno minha comida (tem alguma coisa no meu quarto também) e panelas e canecas de cafe / chá e talheres e pratos e temperos. Então, para viver feliz estipulo alguns limites que sejam gerenciáveis para minha pessoa, e assim sempre que cozinho faco o suficiente para duas ou três refeições. Adorei fazer – e comer – esse camarão.
abraco grande e obrigada pela oportunidade pra la de bacana,
Kalina
Visit – http://thesotontimes.blogspot.com

Ingredientes

2 col sopa de azeite de oliva extra virgem trufado com mangericão
300 gramas de camarões
um pouco de pimenta calabresa (quanto você goste)
1 cebola cortada em rodelas
4 dentes de alho
4 tomates para salada (pequenos) cortados ao meio
um pouco de vinho branco
1 col sobremesa de mostarda em grãos
250 ml de cream elmlea do tipo simples (primo do creme de leite)
1 col de sopa (so pra dar um sabor) de cream cheese (requeijão)
queijo parmesão pra gratinar no final

Modo de fazer

Não medi criteriosamente nada. Essas medidas são aproximadas, mesmo, só pra dar uma idéia. antes de começar a cozinhar deixei todos os ingredientes cortadinhos e no ponto para serem adicionados à panela. Refoguei o alho e a cebola no azeite. Fogo médio. Acrescentei os tomates. Não mexi muito. Fui deixando pegar um sabor. Adicionei e refoquei os camarões, que soltaram um um pouco d’água. Fogo baixo pra secar um pouco da água e assim ir ficando mais cremoso. Acrescentei a pimenta calabresa, a mostarda em grãos e o vinho branco. Quando tava quase pronto, com os camarões cozidos, acrescentei o cream almlea e o requeijão e deixei cozinhar mais um pouquinho. Arrumei esse preparado num pirex, joguei uma chuvinha feliz de queijo parmesão ralado na hora por cima e levei ao forno pra gratinar.

Comi o camarão com esse arroz tailandês cozido apenas na água apenas, sem um pingo de sal ou óleo. Também não acrescentei sal ao camarão, deixei que ele ficasse só com o que já recebe dos outros ingredientes do prato. Enquanto o pirex com os camarões estava no forno eu fui limpando os sinais do meu servico na cozinha, que compartilho com mais seis estudantes: três da china, um dos estados unidos, uma do canadá, e um india.

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