Navegando Categoria

pratos únicos

pratos únicos Receitas

Feijoada

Hoje foi dia de feijoada no meu cafofo. Dia de sol, véspera de feriado e consequentemente o dia mais apropriado para uma leseira pós-feijuca.

Minha receita de feijoada é clássica e mistura a experiência da família (todos como eu, loucos pelo prato) e os passos do restaurante Bolinha de São Paulo, famoso detentor do título de melhor feijoada do Brasil.

Para começar, feijoada que é feijoada não pode ser light. Isso non ecziste comadre. Se você quer uma versão menos calórica de uma feijoada pode cozinhar seu feijãozinho do dia-a-dia e incrementá-lo com um “algo mais”, o que fica bom claro, mas que – vamos combinar – não é feijoada.

Feijoada clássica leva pé de porco, orelha de porco, rabo de porco, língua, costelinha de porco, bacon, paio, carne seca, linguiça calabresa e lombo de porco. Obviamente você pode ter uma boa feijoada tirando um ou outro ingrediente (eu mesma quase nunca coloco lombo) mas a essência desse prato está mesmo nessa mistura mega ultra calórica. Porém com alguns truques você pode fazer com que sua feijuca não se torne aquele prato gordurento que você come e tem vontade de ir para a cama – porque seu corpo usa toda e qualquer energia para processar a quantidade imensa de calorias ingerida.

Um truque que eu uso é cozinhar as carnes junto com laranjas cortadas em duas metades com casca e tudo (eu tiro as sementinhas para que elas não se percam no meio do feijão e apareçam mais tarde na boca de um convidado e a quantidade de laranja varia de acordo com a de feijoada). A função da laranja é justamente absorver um pouco da gordura, deixando assim o prato um pouco mais leve. Também durante o cozimento é essencial que você vá retirando a gordura que vai subindo à superfície da panela com uma escumadeira. Você pode não botar muita fé mas a verdade é que isso faz toda diferença.

Então, minha receita não tem lá uma medida muito rígida mas eu procuro levar em conta a quantidade de pessoas que serão servidas e nunca esquecer que, feijoada não é só esse monte de carnes, feijoada também ter que ter … feijão! e ele não pode nunca desaparecer na cumbuca, nem derreter com o cozimento excessivo – ele é estrela do prato! Para isso é muito importante seguir a ordem do cozimento das carnes dessa forma:

Primeiro você cozinha as peças mais duras – pé, orelha e a carne seca (obviamente as peças que forem salgadas já devem ter ficado de molho em água por pelo menos umas 12 horas tomando o cuidado de trocar algumas vezes essa água). Depois a costela, o rabo e a língua e por último a linguiça, o paio e o lombo.

Em uma panela à parte eu frito o bacon cortado em pedaços médios (se você deixá-lo muito pequeno ele vai sumir na fritura) e na gordura que ele mesmo solta eu douro a cebola e o alho em quantidades generosas (só sei cozinhasr assim) e várias folhinhas de louro (eu gosto de adicioná-lo nesse momento da fritura e depois colocar outras folhas diretamente na panela do feijão também).
Depois de tudo bem douradinho (nesse momento sua cozinha vai estar muuuuito cheirosa!) joga isso na panelona da feijuca, retira as laranjas, acerta o sal (se necessário, pois as carnes mesmo dessalgadas ainda mantêm um tanto de sal), bota uma pimentinha… e aí são algumas horas no fogo médio. Nada de panela de pressão! A feijoada boa é cozida assim, sem pressa e em fogo brando. A minha ontem levou cerca de três horas para ficar no ponto, com as carnes bem macias mas sem desmanchar.

Para acompanhar, a boa e velha couve cortada bem fininha (disso eu não abro mão!) e abafadinha no alho muito bem douradinho; um arroz branco bem soltinho, farinha de mandioca torrada (há quem prefira fazer uma farofa – eu particularmente acho que não carece) e laranja descascada e servida em pedaços. Algumas pessoas também costumam servir a feijoada com torresmos, o que eu aprovo totalmente – torresmo, feijoada e cerveja compõem a santíssima trindade pra mim :)

Pronto, tá aí a receita do meu prato preferido e, com certeza, minha especialidade mais famosa entre os amigos.

E não é que esse post me deu uma baita fome? E eu acabo de me lembrar que ainda tem um bocadinho de feijuca lá no fogão. Sendo assim…. acho que vou para o segundo turno! ;-)

* post orginalmente publicado no blog Rainhas do Lar

(crédito da imagem: GettyImages)

massas pratos únicos Receitas

Yakisoba misto

Nada como aperfeiçoar uma coisa que já era boa, até porque estamos sempre aprendendo coisas novas, certo? Foi o que aconteceu com o meu yakisoba depois que passei a fazer o seu molho separado.

O processo é basicamente o mesmo – cozinhar os legumes no vapor (eu cozinhei assim apenas a vagem e o brócolis), fritar o filé mignon (e aqui usei também cubos de peito de frango e por isso, misto) no óleo de gergelim e depois ir adicionando aos poucos os legumes (eu ainda coloquei também cogumelo Paris fresco). Depois de tudo cozido (al dente, sempre!), é só reservar essa mistura e levar o macarrão (próprio para yakisoba) já cozido para fritar na mesma frigideira, wok ou grill. Já falei né? O segredo do yakisoba é fritar o macarrão!

Pois bem, até aí tudo igual à receita que eu já postei aqui. De diferente, apenas o fato de que, ao final, quando macarrão e legumes já estão misturados, acrescentei um molho preparado com caldo de carne (eu usei um restinho de um caldo caseiro que eu tinha, mas pode ser o tablete e também pode ser de frango), shoyu e um tiquinho de maizena diluída em água. O resultado é um creme espesso e brilhante, que você acrescenta ao prato por último de tudo, mistura bem e serve. Fica perfeito – cremoso mas sem cara de mingau de shoyu (urgh!), manja? O creme dá brilho e, como ele já é salgado, deixe para finalizar o tempero (sal e pimenta) apenas depois de incorporá-lo, ok?

Eu adorei esse jeito novo de fazer yakisoba =)

* post originalmente publicado no blog Rainhas do Lar

Top 3 presentes de comer Receita de Tiramissu Tábua de petiscos natalina Bolo inglês 3 purês incríveis