Canja de galinha não faz mal a ninguém, já cantou Jorge Ben Jor. E não só não faz mal, como faz um bem danado, principalmente se a ocasião pede aconchego ou remédio pro corpo e pra alma. Eu sou suspeitíssima porque simplesmente amo canja de galinha – por muitos motivos, mas o maior deles sem dúvida é a acalmada que o prato dá no corpo quando ele está combatendo um vírus, uma bactéria, uma tristeza ou apenas uma ressaca. Canja é remédio sim! E aqui, como uma virose bruta se instalou nos meninos eu, que não sou boba nem nada, saquei logo a carta da canja ;)
Mas, apesar de ser remédio, já vou logo dizendo… se você é daqueles que faz a ligação de “canja = comida de hospital”, rapaz, pare com isso! Só posso te dizer que, na real, você nunca provou uma boa canja, só isso. A “canja de hospital” está ali cumprindo um propósito e faz todo sentido. Já a canja da sua casa deve ser apetitosa, suculenta, quente e muito, muito gostosa. E sabe como? Temperando, meu amor!
Pra começar, vale dizer que canja não precisa propriamente de receita. Ela é basicamente um arroz cozido em caldo de frango e pode ser feita de acordo com a tua cozinha, o teu gosto pessoal e também o tempo que você tem. Seja qual for a receita ou o modo de fazer, o segredo é caprichar no tempero e também no feitio, se a pressa permitir.
A primeira coisa é produzir um bom caldo de frango – ele é a base da receita e não, não o tabletinho não produz nem de longe o mesmo resultado. Para um bom caldo, minha versão favorita leva sobrecoxa de frango (também minha parte favorita da ave) mas também rola um peito de frango inteiro, com osso e pele. Comece levando o frango para a panela de pressão com um fiozinho de óleo. Pode deixar dar aquela “pegada”no fundo da panela e aquele bronze ligeiro no frango. Daí entre com os temperos: minha sequência favorita é pimenta em grão, folhas de louro, uns dentes de alho (pode usar inteiro, só levemente aberto), uma cebola cortada na metade e uma pitada de páprica doce. Coloque o sal e junte bastante água fervendo. É só mexer, fechar a panela e deixar cozinhar até o frango se soltar do osso. Coe o caldo que restou na panela (pode ser que no meio do processo você precise acrescentar mais água) e desfie o frango.
Agora em uma panela refogue alho e cebola até dourar. Junte uma cenoura raladinha e acrescente o arroz (eu sou do time que lava arroz). Traga o caldo do frango para a panela e uma parte do frango desfiado. A quantidade de caldo deve ser suficiente para cozinhar o arroz sem secá-lo. Acerte o sal, junte uma folha de louro e deixe o arroz cozinhar. Aqui cabe uma observação: eu gosto de canja com o arroz mais firme, sem virar uma papa, mas também acho que isso é bem do gosto pessoal. Como minha preferência é pelo arroz ainda firme, costumo desligar o fogo quando ele ainda está resistente na mordida – daí eu junto cebolinha picada, tampo a panela e ele finaliza o cozimento.
Pra servir: canja no prato, um pouco de frango desfiado, mais cebolinha fresca (eu não sei fazer canja sem cebolinha), um fiozinho de azeite e, quem sabe, um pouco de parmesão ralado, se a ousadia estomacal permitir.
Tem que comer quentinha, assoprando <3
Canja é amor sim!
E você, tem aí uma receita favorita de canja de galinha? Me conta!
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Bisous,
Faby